Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025

Home em foco A ajudinha que o presidente do Partido Liberal dará ao advogado de Lula se ele for indicado como ministro do Supremo

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Em conversas sobre a possível indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Partido Liberal (sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro), Valdemar Costa Neto, tem feito elogios ao advogado de Lula.

O mandachuva partidário repete a diferentes interlocutores que considera Zanin “qualificado” para o cargo e que defenderá junto a senadores de seu partido que ele seja aprovado. O PL tem a maior bancada da casa, com 12 senadores.

Valdemar ainda faz elogios aos critérios de “confiança” e “lealdade” destacados por Lula para fazer a escolha do substituto de Ricardo Lewandowski na Corte.

Integrantes do governo petista apontam Cristiano Zanin como o mais forte na disputa, mas acreditam que a decisão do presidente ainda estaria em aberto.

Perfil

Zanin tem 47 anos de idade e se formou no curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999. Trabalha como advogado de Lula desde 2013, junto de sua esposa. Nenhum dos dois é criminalista, o que chegou a causar polêmica e gerar questionamentos de petistas.

Ele não é militante político ou filiado a qualquer partido. No ano de 2016, em um evento na escola de seus filhos, pais de alunos quiseram de alguma forma, se mobilizar em protesto com a intenção de o constranger.

Especializou-se em direito processual civil pela mesma instituição. Conheceu a mulher que viria a se tornar sua esposa, Valeska Teixeira Zanin Martins, advogada e atualmente sócia, em um escritório de advocacia. Eles se casaram e têm três filhos, um de 13 anos e gêmeos de 9.

Lecionou Direito Civil e Direito Processual na Faculdade Autônoma de Direito (FADISP), em São Paulo, e é associado fundador do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE).

Em setembro de 2020, durante um desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas ordenou a busca e apreensão na casa de Zanin, por suspeita de liderar um esquema de fraudes no sistema S e na Fecomercio fluminenses.

Zanin afirmou que o juiz é ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e que a operação teve como intuito tentar intimidá-lo. Em nota divulgada à época, disse ainda que houve abuso de autoridade ao autorizar a “invasão” do escritório e da casa de um advogado com mais de 20 anos de carreira. A denúncia foi arquivada.

Cristiano Zanin foi ameaçado por um empresário de 29 anos em um banheiro do Aeroporto de Brasília, no dia 11 de janeiro. As ofensas verbais aconteceram logo após o advogado desembarcar na capital federal e se dirigir ao ambiente para escovar os dentes.

Imagens gravadas das agressões foram divulgadas pelo próprio empresário nas redes sociais. Nelas, ele chama Zanin de “bandido”, “corrupto” e ainda questiona o motivo de o advogado não estar no avião do presidente.

O homem passou a ameaçar ferir o advogado, que ficou calado durante todo o tempo. Ao sair, Zanin chamou um segurança. A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o empresário.

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