Quarta-feira, 19 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de novembro de 2025
A bandeira do Brasil, símbolo que expressa a pátria e nosso amor pelo único lugar no mundo que não somos estrangeiros, tem uma história pitoresca e algumas controvérsias passando por diversas alterações desde sua criação.
Na República velha e até bem pouco tempo, nos era ensinado que o verde da bandeira representa as matas brasileiras é o losango amarelo as riquezas do nosso país.
Olha caros leitores, podemos acusar Dom Pedro I de muitas coisas, mas burro ele não era!
Anunciar ao mundo e às outras nações que havia ouro em seu império!
Pra que? Se nem exército tinha para defender seu território. É bem pouco provável que faria isso.
As matas, do verde e o losango amarelo do ouro foi uma narrativa inventada na república velha possivelmente para desvincular do imaginário popular os símbolos monárquicos dado ao grande apreço da população em geral ao Imperador Pedro II e a família real.
O verde da bandeira representa a cor da casa dos Bragança (Dom Pedro) e o amarelo dos Habsburgo, sobrenome de origem da primeira imperatriz, D. Leopoldina.
Mas é justamente daí que vem o inusitado, a questão do losango.
A imperatriz D. Leopoldina tinha uma irmã mais velha, D. Maria Luisa, que vem a ser a segunda esposa de Napoleão Bonaparte, portanto, Napoleão e Dom Pedro I eram concunhados e também por quem o Imperador Dom Pedro I tinha uma grande admiração.
Napoleão Bonaparte gênio da engenharia militar tinha uma verdadeira obsessão pela figura geométrica do losango.
Formações militares de ataque e defesa em losango eram eficientes e defendiam bem os flancos.
As bandeiras dos regimentos militares e dos exércitos de Napoleão Bonaparte possuíam a figura do losango, sendo que uma delas semelhante a bandeira do Brasil (com outras cores) com uma águia ao centro.
A concepção artística da nossa bandeira ficou a cargo do artista francês Jean Baptiste Debret e está absolutamente clara a influência ou homenagem do losango à era napoleônica, seja proposto por Debret ou a pedido do próprio Imperador.
Com a queda do Império em 1889 e a proclamação da República, foi retirado da bandeira o escudo das armas do Império e colocado ao centro a concepção astronômica das estrelas definidas pelo astrônomo Manuel Pereira Reis.
As estrelas representam o céu visto da cidade do Rio de Janeiro (então capital do país) às 8h30 da manhã de 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República.
O lema “Ordem e Progresso” tem inspiração na frase positivista de Augusto Comte. “O amor por base, ordem por meio e o progresso por fim”.
A faixa representa a linha do Equador. E originalmente eram 21 estrelas e atualmente são 27 cada uma delas representando um Estado da federação.
A história contada sem a interferência de interesses políticos do momento ou de qualquer tempo reforçam a identidade e o nosso orgulho como nação.
A bandeira do Brasil carrega nossa história ao longo destes 203 anos de independência e 136 anos de República.
Salve lindo pendão da esperança
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.
No piso do mausoléu de Napoleão Bonaparte com artigo fala por si.
(Rogério Pons da Silva – Jornalista e empresário – Rponsdasilva@gmail.com)