Quarta-feira, 19 de Março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 27 de abril de 2023
Os impactos causados pela instauração da CPMI dos Atos Extremistas, abrem uma nova frente de disputa para a guerra de narrativas travada entre governistas e oposição. Na opinião de especialistas, o colegiado tem potencial de provocar desgastes tanto para o governo quanto para o bolsonarismo e seus apoiadores.
A partir da abertura dos trabalhos, líderes devem indicar os integrantes do colegiado conforme a proporcionalidade de cada Casa Legislativa, abrindo uma disputa entre governistas e antagonistas por espaços na comissão.
Governo
Apesar da ministra do Planejamento, Simone Tebet, garantir que o impacto da CPMI na votação de pautas como o arcabouço fiscal “é zero”, os trabalhos do colegiado podem provocar um atraso na agenda do governo, além de causar o enfraquecimento do Legislativo para a votação de pautas prioritárias para a gestão. Enquanto isso, os antagonistas vão tentar emplacar a versão de que o governo foi conivente com os atos. Inicialmente, Lula se opôs a criação da CPMI, com a justificativa de que o governo já possui instrumentos para fiscalizar os ataques golpistas.
A postura mudou após a divulgação de imagens de câmeras de segurança, em que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias é visto nas invasões, aumentando a pressão da oposição e opinião pública sobre o Planalto.
Oposição
Já para a oposição, a CPMI é um cenário arriscado por jogar luz nas suspeitas de influência e participação de seus líderes nos atos criminosos. A base do governo pode aproveitar o momento para mostrar o comprometimento dos radicais de direita, que estiveram presentes e instigaram os ataques, para que passem a ser julgados e responsabilizados pelos atos antidemocráticos e terroristas. Tanto que o principal objetivo dos governistas é, justamente, convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro para depor na comissão.
No Ar: Pampa Na Madrugada