Terça-feira, 21 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de fevereiro de 2023
O Ministério do Turismo vai criar uma força-tarefa para apurar a gestão de Gilson Machado à frente da Embratur. O grupo será formado por funcionários da agência, além de AGU e CGU, e terá como objetivo analisar atos e contratos assinados em 2022.
A Embratur gastou quase R$ 4 milhões em indenizações trabalhistas a funcionários demitidos ligados a Machado. Eles foram contratados no apagar das luzes do governo Bolsonaro ou em funções consideradas irregulares pela atual gestão, como a comissão de ética que previa estabilidade até 2024 e empregava, entre outros, a esposa do ex-ministro Jorge Seif Jr. (PL-SC). Os membros da comissão foram nomeados em 31 de outubro, um dia após o 2º turno.
A Embratur contratou 13 pessoas após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Um deles, perto do Natal, com salário de R$ 35.406. Machado também chegou a ser nomeado por Bolsonaro como diretor-presidente da Embratur, o que prevê um mandato de quatro anos. À época, já se sabia que Lula trocaria o comando da agência assim que virasse o ano.
A decisão pela devassa na Embratur foi tomada na transição. Ao contrário de diferentes órgãos federais, a agência se negou a prestar informações ao novo governo, o que suscitou desconfianças. A força-tarefa deverá ter duração de 90 dias.
Aliado
Aliado de Bolsonaro e figura conhecida por tocar sanfona em algumas lives promovidas pelo ex-presidente, Machado chegou a concorrer ao Senado por Pernambuco, mas perdeu a disputa para a pedagoga Teresa Leitão (PT), que obteve 46,12% dos votos. O cargo de diretor-presidente da Embratur já havia sido ocupado por Machado entre 2019 e dezembro de 2020, quando saiu da agência para assumir o ministério.