Segunda-feira, 30 de Junho de 2025

Home Colunistas A indústria da desindustrialização

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É sabido por todos do enorme contingente de desempregados Brasil afora. Os números são variados, não há unanimidade, dizem ser muitos milhares de pessoas sem emprego formal. Será?

O questionamento decorre da extradificação dos desempregados :

1 – Os sem qualificação profissional.

2 – O contingente que opta pela informalidade.

3 – Os pendurados em bolsas assistenciais .

4 – As categorias 2 e 3 juntas.

5 – E, finalmente, a 1° , 2° e 3° juntas.

Ao longo dos tempos, foi possível perceber que a redução de mão de obra qualificada nas empresas só aumenta. Há casos em que são anos de vagas não preenchidas por absoluta falta de candidatos.

Alguns profissionais simplesmente estão em extinção. Torneiros mecânicos, fresadores, mecânico industrial, eletricistas, soldadores, caldeireiros, só para citar alguns.

São raros profissionais técnicos, e os poucos que existem em atividade estão prestes a se aposentar ou até trabalhando já aposentados.

O que temos hoje é um universo de novos trabalhadores do tipo “apertadores de botões”, sem maiores qualificações e, o pior, sem vontade de aprender.

A maioria quer resultados de curto prazo , baixo comprometimento no trabalho, o maior interesse são a estabilidade e os direitos.

De onde vem essa nova mentalidade coletiva? Quem e o que fez que várias gerações mudassem tão repentinamente de comportamento?

São respostas muito complexas , mas algumas estão escancaradas :

1 – Padrão de qualidade da educação pública caiu drasticamente.

2 – Valores como ser esperto é mais valorizado do que ser honesto.

3- Programas de assistencialismo populistas, que causam enormes distorções de suas finalidades.

4- Carga tributária sobre salários e sobre o consumo, que, em média, reduzem em até 60% o poder compra do trabalhador CLT.

É preciso que a sociedade produtiva saia da letargia e acorde antes que seja tarde. Investimento em educação de qualidade , ensino técnico e redução da carga tributária sobre salário/consumo e, por óbvio, reduzir o assistencialismo populista.

Se continuarmos neste modelo “pirâmide” com o desestímulo da atividade industrial, o Brasil irá se transformar em um grande importador de manufaturados e exportador de suas riquezas naturais, mas só até acabarem!

Estamos desaprendendo a fazer manufaturados e ainda tem gente que acha isso bom!

* Rogério Pons da Silva

 

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