Terça-feira, 08 de Julho de 2025

Home Política A reação de Bolsonaro à nota de Lula em resposta a Trump

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Jair Bolsonaro afirmou nas suas redes que recebeu “com muita alegria” a manifestação de Donald Trump em sua defesa, em um post na Truth Social no fim da manhã dessa segunda-feira (7). Escreveu o ex-presidente:

“Sua luta por paz, justiça e liberdade ecoa por todo o planeta. Obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência”.

Minutos antes, o presidente Lula divulgou uma nota oficial em resposta às declarações de Trump, sem citar o presidente dos Estados Unidos. No texto, o republicano acusou o Brasil de estar “fazendo uma coisa terrível” contra o ex-presidente e que estaria acompanhando a “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

Afirmou o petista:

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”.

Ministros do governo reagiram à postagem feita por Trump. Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que o norte-americano deveria cuidar dos problemas do seu país e não tentar interferir no processo judicial brasileiro.

“Donald Trump está muito equivocado se pensa que pode interferir no processo judicial brasileiro. O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais”, disse a ministra.

Na mesma linha, Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) afirmou que a soberania brasileira “não se negocia”.

“Qualquer tentativa de interferência em nossos assuntos internos — venha de onde vier — será firmemente rechaçada”, afirmou Messias.

Em março, a Primeira Turma do Supremo decidiu por unanimidade tornar réus o ex-presidente e mais sete aliados por tentativa de golpe em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para o Ministério Público Federal, Bolsonaro chefiou uma organização criminosa armada com um projeto autoritário, que planejou impedir o governo eleito de Lula de assumir o poder.

No dia 10 de junho, Bolsonaro prestou depoimento. Ele negou as principais acusações, buscou contextualizar reuniões com militares, admitiu exageros na retórica contra o sistema eleitoral e afirmou que não teve qualquer envolvimento com planos ilegais.

Em 27 de junho, a ação penal que apura a participação do núcleo político e operacional na trama golpista para manter Bolsonaro no poder avançou para a fase final no STF.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, encerrou a chamada fase de instrução processual e determinou a abertura das alegações finais, etapa em que as partes — acusação e defesas — podem apresentar as últimas considerações antes do julgamento. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)

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