Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 22 de junho de 2025
A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes) passou a disponibilizar plataforma virtual com informações atualizadas sobre os espaços utilizados no Rio Grande do Sul para abrigo temporário a quem precisou sair de casa devido às chuvas em excesso desde o início do mês. Qualquer cidadão pode acessar a ferramenta, em social.rs.gov.br/monitoramento.
Na atualização desse domingo eram contabilizados havia 1.017 pessoas abrigadas em 41 espaços de 24 municípios gaúchos, após serem obrigados a deixarem suas residências devido a inundações e outros problemas. A Defesa Civil estadual salienta que a melhora no tempo e a tendência de normalização dos níveis dos rios já fazem com que o pessoal comece a retornar para casa, fato que leva algumas das unidades de acolhimento a serem desativadas nos próximos dias.
Os dados incluem número de pessoas acolhidas em todo o mapa gaúcho, bem como em cada município e nos respectivos ginásios e outros espaços utilizados com essa finalidade. Para isso, tem sido fundamental a colaboração entre as autoridades locais e estaduais.
“Esse contato é fundamental para que possamos oferecer suporte técnico e garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente”, ressalta o titular da Sedes, Beto Fantinel. “As equipes do governo do Rio Grande do Sul estão em contato permanente com gestores municipais para organizar os dados e orientar sobre o uso de recursos federais e estaduais destinados ao custeio dos abrigos.”
A plataforma foi desenvolvida pela própria equipe da Sedes e está em operação desde o dia 13 de maio do ano passado, época das enchentes recordes que representaram, somadas, a maior tragédia na história do Rio Grande Sul. O objetivo é facilitar o acesso às informações essenciais durante momentos de emergência, promovendo transparência e agilidade no atendimento às famílias afetadas.
Cuidados
Já a Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforçou as orientações sobre cuidados necessários para quem está em um abrigo. Dentre as principais diretrizes estão a manutenção da higiene (tanto pessoal quanto do abrigo) e o consumo seguro de água e de alimentos, bem como a prevenção de doenças respiratórias e as causadas por vetores como o mosquito da dengue.
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel, se disponível, especialmente antes de comer e depois de usar o banheiro;
– Evitar compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, escovas de dente, talheres ou roupas.
– Manter o abrigo limpo e arejado, evitando acúmulo de lixo ou água parada;
– Separar áreas para dormir, comer e ir ao banheiro, sempre que possível;
– Desinfetar superfícies e banheiros (com água sanitária diluída, por exemplo).
– Consumir apenas alimentos e água potável fornecidos por fontes seguras;
– Evitar alimentos crus ou malcozidos, que podem transmitir doenças;
– Descartar alimentos com cheiro estranho, aparência alterada ou fora da validade;
– Não beber água de origem duvidosa (rios, torneiras danificadas etc.);
– Se não houver água potável, ferver a água por pelo menos cinco minutos. Se não for possível ferver, colocar duas gotas de solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) para cada litro de água e esperar 30 minutos antes de usar;
– Não usar água que tiver tido contato com água de enchentes para lavar pratos, escovar os dentes, lavar e preparar alimentos ou fazer gelo.
– Evitar o acúmulo de água, para reduzir a proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças);
– Usar repelentes e mosquiteiros, se disponíveis;
– Tomar cuidado ao remover materiais de locais com entulhos, dado o risco de acidente com animais peçonhentos.
– Quem faz uso de medicamentos contínuos deve procurar as equipes de saúde para manter o tratamento. Levar consigo receitas, documentos de saúde e medicamentos, sempre que possível;
– Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas devem ser monitorados com mais atenção;
– Manter o esquema de vacinação atualizado, buscando a unidade de saúde mais próxima e aderindo à vacinação extramuros;
– Procurar ajuda médica ao menor sinal de febre, diarreia, vômito, feridas, tosse persistente ou dificuldade respiratória.
(Marcello Campos)
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