Quarta-feira, 08 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de outubro de 2025
A Polícia Civil de Santa Catarina informou nesta quarta-feira (8) que o incêndio que provocou a queda de um balão de ar quente em Praia Grande, no Sul do Estado, em junho, não foi causado por ação humana. O acidente deixou oito mortos.
O inquérito foi encerrado sem indiciamentos, pois as perícias e depoimentos não comprovaram conduta dolosa ou culposa que tenha causado a tragédia.
O relatório final, assinado pelo delegado Rafael de Chiara, apontou que o conjunto de provas não identificou falhas técnicas, imperícia ou negligência do piloto, nem qualquer outro fator humano que pudesse ser considerado causa direta do incêndio no voo.
“Os elementos colhidos não permitem afirmar que houve crime”, afirmou a polícia em nota.
O acidente
O balão, operado pela empresa Sobrevoar Serviços Turísticos, decolou na manhã do dia 21 de junho com 21 pessoas a bordo, incluindo o piloto, Elves de Bem Crescêncio.
Poucos minutos após a decolagem, um incêndio começou no cesto, supostamente causado por um maçarico usado para acionar a chama principal do balão. Conforme o depoimento do piloto, o equipamento pode ter caído de uma mala e ter sido acionado acidentalmente. Ele tentou apagar as chamas com o pé e com um extintor, que, segundo relatos, não funcionou.
Com o incêndio se espalhando rapidamente, iniciou uma descida de emergência e orientou os passageiros a saltarem quando o balão se aproximasse do solo.
Treze pessoas conseguiram pular, mas a perda de peso fez o balão subir descontroladamente. As chamas atingiram o tecido principal (envelope), o cesto se desprendeu e caiu, matando os oito passageiros que ainda estavam a bordo. Quatro morreram devido à queda e outros quatro foram carbonizados.
As vítimas eram turistas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, que aproveitavam o feriado de Corpus Christi.