Terça-feira, 14 de Outubro de 2025

Home em foco Advocacia-Geral da União vê ameaça de novos atos extremistas no Brasil e aciona o Supremo

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A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou haver ameaça de novos protestos golpistas e pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que adote com urgência medidas para impedi-los.

Segundo a AGU, há nova tentativa de ameaça ao Estado democrático de Direito por meio de uma “mega manifestação nacional pela retomada do poder”, que estava sendo convocada pela rede social Telegram para esta quarta-feira (11), com atos previstos em todo o País.

No domingo passado (8), em Brasília, manifestantes contrários ao novo governo que não aceitam o resultado das eleições de outubro invadiram e depredaram as sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF.

Segundo a petição do advogado-geral da União, Jorge Messias, o País se encontra novamente na iminência de uma grave situação. Ele pede que seja restrito, momentaneamente, o exercício do direito à manifestação, vedando a interrupção do trânsito urbano e rodoviário no território nacional.

Messias também pediu ao ministro Moraes que as polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar sejam orientadas a identificar veículos usados na organização de atos. Ele também quer a prisão em flagrante de quem ocupar ou obstruir vias urbanas e rodovias ou invadir prédios públicos.

Por fim, o advogado-geral da União pede que o Telegram bloqueie as contas de todos os usuários que estejam convocando para os protestos.

Na noite da última terça (10), em reunião do Palácio do Planalto, o gabinete de crise decidiu que a segurança deverá ser reforçada em Brasília e em outras capitais onde há ameaça de manifestações violentas.

Invasão planejada

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, imagens e mensagens em redes sociais comprovam que as invasões aos Três Poderes foram premeditadas e organizadas.

Repórteres analisaram cerca de 26 horas de vídeos, centenas de imagens e postagens em redes sociais e concluíram que os atos foram convocados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que foram para Brasília com a intenção de invadir as sedes dos três Poderes da República.

Segundo o periódico, os extremistas acreditavam que, promovendo o caos nos prédios públicos, as Forças Armadas teriam uma justificativa para dar um golpe de Estado.

Radicais identificados

O Estadão e outros sites e jornais da imprensa brasileira também identificaram dezenas de manifestantes radicais. Entre eles estão militares, policiais, empresários, servidores públicos, vereadores, suplentes de vereadores, vindos de vários Estados brasileiros.

Entre os mais famosos estão Leo Índio, primo dos três filhos mais velhos de Bolsonaro, e Pâmela Bório, suplente de deputado federal e ex-primeira-dama da Paraíba.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal também identificou 390 detidos em penitenciárias por envolvimento nos atos de 8 de janeiro e que estavam acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília.

Já a Polícia Federal comunicou que, no início desta semana, mais de 1.500 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos foram conduzidas pela Polícia Militar para a Academia Nacional de Polícia, em Brasília. Uma parcela já foi liberada por uma “questão humanitária”.

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