Sábado, 11 de Outubro de 2025

Home em foco Afastados por causa de venda de sentenças, desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, não se apresentaram para colocar tornozeleiras

Compartilhe esta notícia:

Afastados dos cargos após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quinta-feira (24), cinco desembargadores do TJ-MS, suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças, ainda não se apresentaram para colocar dispositivos de monitoramento eletrônico. A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário.

Além do afastamento do cargo, o STJ determinou aos desembargadores a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas. Um servidor do TJ-MS e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado também não colocaram tornozeleira.

Em nota, o TJ-MS disse que as medidas são voltadas “exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores” do tribunal e que não há “prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população”. “Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo”, pontuou.

A polícia cumpre 44 mandados de busca e apreensão expedidos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e São Paulo. A ação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021, que apurou envolvimento de conselheiros do Tribunal de Contas (TCE) do Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações, superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos.

Na época, a PF apreendeu R$ 1,6 milhão em endereços ligados a três conselheiros do tribunal. Além dos valores em reais, os policiais encontraram 7,2 mil dólares, 4,5 mil euros e 200 libras esterlinas. Ao todo, 20 pessoas são investigadas.

Supersalários

Suspeitos de participar de um esquema de corrupção e venda de sentenças, os desembargadores afastados do TJMS Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel, Marcos José de Brito Rodrigues receberam “supersálarios” que chegam a R$ 200 mil líquidos, de acordo com o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça.

Os desembargadores foram alvo da operação “Ultima Ratio”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Receita Federal na manhã de quinta-feira (24), após três anos de investigação. Entre os crimes investigados estão:

– lavagem de dinheiro

–  extorsão

–  falsificação

– organização criminosa

O salário-base de desembargador em Mato Grosso do Sul é de R$ 39.717,69 mas a composição abrange uma série de vantagens não especificadas pelo TJMS que chegam a quintuplicar o valor líquido recebido mensalmente. O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, por exemplo, recebeu salário líquido de R$ 209.198,42 em fevereiro deste ano. Na composição do salário dos magistrados constam acréscimos como “vantagens pessoais” e “vantagens eventuais”. As informações são do jornal O Globo e do portal de notícias G1.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Home em foco Afastados por causa de venda de sentenças, desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, não se apresentaram para colocar tornozeleiras

Compartilhe esta notícia:

Afastados dos cargos após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quinta-feira (24), cinco desembargadores do TJ-MS, suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de sentenças, ainda não se apresentaram para colocar dispositivos de monitoramento eletrônico. A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário.

Além do afastamento do cargo, o STJ determinou aos desembargadores a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas. Um servidor do TJ-MS e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado também não colocaram tornozeleira.

Em nota, o TJ-MS disse que as medidas são voltadas “exclusivamente a alguns desembargadores, magistrado e servidores” do tribunal e que não há “prejuízo a quaisquer dos serviços judiciais prestados à população”. “Os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo”, pontuou.

A polícia cumpre 44 mandados de busca e apreensão expedidos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília e São Paulo. A ação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021, que apurou envolvimento de conselheiros do Tribunal de Contas (TCE) do Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações, superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos.

Na época, a PF apreendeu R$ 1,6 milhão em endereços ligados a três conselheiros do tribunal. Além dos valores em reais, os policiais encontraram 7,2 mil dólares, 4,5 mil euros e 200 libras esterlinas. Ao todo, 20 pessoas são investigadas.

Supersalários

Suspeitos de participar de um esquema de corrupção e venda de sentenças, os desembargadores afastados do TJMS Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel, Marcos José de Brito Rodrigues receberam “supersálarios” que chegam a R$ 200 mil líquidos, de acordo com o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça.

Os desembargadores foram alvo da operação “Ultima Ratio”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Receita Federal na manhã de quinta-feira (24), após três anos de investigação. Entre os crimes investigados estão:

– lavagem de dinheiro

–  extorsão

–  falsificação

– organização criminosa

O salário-base de desembargador em Mato Grosso do Sul é de R$ 39.717,69 mas a composição abrange uma série de vantagens não especificadas pelo TJMS que chegam a quintuplicar o valor líquido recebido mensalmente. O desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, por exemplo, recebeu salário líquido de R$ 209.198,42 em fevereiro deste ano. Na composição do salário dos magistrados constam acréscimos como “vantagens pessoais” e “vantagens eventuais”. As informações são do jornal O Globo e do portal de notícias G1.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Gleisi Hoffmann diz que o PT paga o preço de governar com uma coalizão ampla
O recado que os eleitores enviaram aos políticos: “Por favor, me entenda”
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Show de Notícias