Quinta-feira, 16 de Maio de 2024

Home em foco Agência de Espionagem dos Estados Unidos demite mulher que revelou caso de abuso sexual e foi estopim de onda de denúncias

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A CIA, agência de espionagem norte-americana, demitiu na última semana uma mulher que afirmou que em 2022 sofreu um abuso em uma escada na sede do órgão nos Estados Unidos (EUA), de acordo com uma reportagem da agência de notícias Associated Press.

O nome da mulher não foi revelado. O advogado dela, Kevin Carroll, disse que a demissão é uma retaliação pela denúncia.

A CIA afirma que a denúncia da mulher não era precisa e afirmou que a agência não tolera abuso ou assédio sexual e não faz retaliações contra denunciantes. De acordo com a agência de notícias, esse caso foi o primeiro de mais de 20 denúncias de mulheres que trabalham na CIA com histórias parecidas.

Uma mulher afirmou que o chefe, um gerente sênior da CIA, apareceu na casa dela armado exigindo que ela transasse com ele. Mas há casos menos graves, como o de uma denunciante que afirmou ter recebido um comentário grosseiro sobre fantasias sexuais em um happy-hour

“Piada que deu errado”

A mulher disse que em 2022 estava em uma escadaria da sede da CIA quando Ashkan Bayatpour, um ex-agente de inteligência da Marinha dos EUA, puxou o cachecol dela, fazendo com que o tecido apertasse o pescoço, e tentou beijá-la.

Em um depoimento, ela afirmou que o homem fez uma expressão facial que indicava que ele queria machucá-la.

Bayatpour, o acusado, disse que realmente apertou o cachecol no pescoço da mulher na escadaria, mas que foi uma brincadeira durante uma caminhada de 40 minutos. O advogado dele afirmou que foi uma piada que deu errado.

O homem foi condenado por agressão – ele teve que cumprir pena de seis meses em liberdade condicional e teve que entregar suas armas de fogo.

A CIA o manteve empregado durante alguns meses, mas depois o demitiu.

Ameaças contra eleições

Quando funcionários do alto escalão da segurança nacional se reuniram na sala de crise da Casa Branca, a chamada “Situation Room”, em dezembro, para se prepararem para as eleições de 2024, eles enfrentaram dois cenários simulados que testaram os limites de qualquer resposta federal ao caos relacionado às eleições, disseram quatro pessoas familiarizadas com a reunião.

E se agentes chineses criassem um vídeo falso gerado por inteligência artificial mostrando um candidato ao Senado destruindo cédulas? E como devem as agências federais responder se a violência irromper nos locais de votação no dia das eleições?

Por quase uma hora, as autoridades número 2 do FBI, da CIA e dos departamentos de Segurança Interna e Justiça lutaram para descobrir como responder ao vídeo deepfake, incluindo se e como notificar o público sobre a atividade se não tivessem certeza de que a China estava por trás disso, disseram as fontes.

Quando se trata de uma resposta federal coordenada a coisas como a desinformação desenfreada, deepfakes e o assédio aos funcionários eleitorais, “estamos todos de mãos atadas”, disse um funcionário dos EUA familiarizado com o exercício de segurança eleitoral.

A reunião até então não divulgada foi o primeiro exercício desse tipo que a Casa Branca sob o governo Biden realizou em mais de três anos no cargo. O encontro destacou as questões dolorosas que a administração enfrenta à medida que analisa potenciais ameaças às eleições de 2024 – e os limites do poder federal para respondê-las.

As autoridades de segurança nacional dos EUA têm que ponderar se, ao chamar publicamente a atenção para a desinformação, pode, inadvertidamente, amplificar a própria mensagem que eles estão tentando reprimir. E podem agir mais rapidamente para falar publicamente se souberem que um ator estrangeiro está por trás de uma operação de informação visando as eleições.

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