Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Home em foco Agência europeia aprova pílula contra covid da Pfizer

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta semana a pílula contra a Covid-19 da Pfizer, a Paxlovid. Esse é o primeiro tratamento oral contra a Covid autorizado na União Europeia.

A EMA recomendou a autorização do Paxlovid para o tratamento da Covid-19 em adultos que não necessitam de suporte respiratório, mas que correm risco de agravamento da doença.

“O Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou a concessão de uma autorização condicional de comercialização para o medicamento antiviral oral Paxlovid”, declarou o regulador europeu em um comunicado.

Segundo o comitê, os benefícios do medicamento são maiores que seus riscos. A EMA enviará suas recomendações à Comissão Europeia.

“Com a autorização do Paxlovid esta semana, foram autorizados seis medicamentos contra o coronavírus no marco da estratégica terapêutica da União Europeia”, disse em outro comunicado a comissária europeia de Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides.

Estados Unidos, Canadá e Israel fazem parte de um grupo de países que já autorizou o tratamento da Pfizer.

Israel

O brasileiro israelense Simcha Neumark, de 33 anos, foi o primeiro paciente de Covid-19 a receber a pílula da Pfizer contra a doença em Israel.

Neumark afirma que tomou cinco doses da vacina, mas como tem uma doença autoimune, seu corpo não desenvolveu anticorpos contra o vírus.

“Eu peguei (covid) aqui em Jerusalém. Eu me cuido muito, não sei como peguei. Fiquei com febre alta e dor de garganta”, disse ele em entrevista.

O brasileiro afirmou que havia informações sobre a doença autoimune que o atinge no sistema de saúde de Israel, e que quando sua infecção por Covid-19 por notificada ele foi procurado para receber o Paxlovid.

“Chamaram-me e falaram que eu seria o primeiro, não tem muito teste, mas sim uma autorização de emergência, e para mim compensava pelo que eu sentia, febre e dor de garganta, eu tinha medo de parar no hospital”, afirma Neumark.

São seis pílulas por dia, sendo três pela manhã e três pela tarde. Segundo Neumark, os sintomas melhoraram depois de 15 horas.

Ele afirma que o remédio dá uma sensação de cansaço, mas que os sintomas da Covid-19 desaparecem. “No meu caso clínico, em questão de 15 horas houve uma melhora muito grande. Eu estava com febre de 39.5ºC, que parou; uma dor de garganta forte, que parou, e as enxaquecas pararam. Eu sinto um cansaço, como se fosse uma (recuperação) pós-gripe”, relata.

Ele conta que recebe chamadas do sistema de saúde duas vezes ao dia para ser monitorado, e que em 20 dias ele fará testes de PCR e, se derem negativo, ele estará liberado da quarentena.

Como funciona

O Paxlovid é um antiviral experimental que bloqueia uma enzima que o coronavírus precisa para se replicar. O remédio faz parte de uma classe de medicamentos chamada de inibidores de protease, que revolucionaram o tratamento do HIV e da hepatite C.

O comprimido foi dado aos pacientes em Israel junto com uma dose baixa de outro antiviral, esse já conhecido: o ritonavir. Esse segundo remédio ajuda a desacelerar o metabolismo ou a quebra do Paxlovid, para que ele permaneça ativo no corpo por períodos mais longos em concentrações mais altas, para ajudar a combater o vírus.

O ritonavir é também é usado em combinação com o antiviral lopinavir para tratamento do HIV, em um medicamento conhecido como Kaletra. A combinação desses dois antivirais chegou a ser testada em ensaios clínicos da OMS contra o coronavírus, mas foi descartada.

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