Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025

Home Política Agente da Polícia Federal réu na ação que apura tentativa de golpe diz ser fã de Alexandre de Moraes

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O agente da Polícia Federal (PF) Wladimir Matos Soares, réu na ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou, na última segunda-feira (28), ser fã do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, o STF interrogou os dez réus do núcleo 3 da suposta trama golpista. Wladimir foi o único civil entre os interrogados, enquanto os demais depoentes são militares — alguns da ativa, outros da reserva.

“Em 2016, durante as Olimpíadas, eu participei da segurança pessoal do ministro Alexandre de Moraes, quando ele esteve lá como Ministro da Justiça. Eu era muito fã dele, porque quando me formei em Direito eu estudei pelo livro dele. Eu fiz a segurança dele”, declarou Wladimir durante o depoimento.

De acordo com a investigação, o núcleo 3 estaria responsável por executar ações táticas dentro do plano golpista. Entre os integrantes desse grupo estão militares especializados em operações especiais, conhecidos como “kids pretos” ou “forças especiais” (FE), muitos deles com formação específica em técnicas de combate.

A Polícia Federal afirma que os investigados desse núcleo elaboraram um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que consistiria em uma ação armada com o objetivo de assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. A execução da operação estaria prevista para ocorrer em 15 de dezembro de 2022.

Wladimir, no entanto, negou qualquer envolvimento com os atos investigados. Em seu depoimento, classificou as acusações feitas contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como falsas. “Eu me declaro inocente”, disse logo no início da sua fala.

Segundo os autos, o grupo do qual Wladimir faria parte teria se reunido em diferentes ocasiões para planejar ações concretas com vistas a impedir a posse do presidente eleito. Os investigadores também apontam que o núcleo 3 manteria comunicação com outros grupos da estrutura golpista, incluindo núcleos de inteligência, articulação política e propaganda.

O julgamento dos réus dessa fase da investigação está em curso no STF, e os depoimentos colhidos nesta etapa podem influenciar os desdobramentos do processo. Alexandre de Moraes, relator do caso, tem conduzido as audiências e determinado medidas cautelares contra os envolvidos, incluindo prisões preventivas, bloqueios de bens e restrições de comunicação entre os acusados.

 

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