Quinta-feira, 04 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 4 de setembro de 2025
Um ano após sua estreia no Festival de Veneza de 2024, “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, continua acumulando prêmios pelo mundo. O drama vencedor do Oscar de melhor filme internacional, o primeiro original Globoplay, acaba de conquistar o Grand Prix FIPRESCI. Concedido anualmente há 25 anos, o prêmio é dado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema para o melhor filme do ano segundo votantes da organização.
A votação contou com a participação de 739 críticos de cinema de 75 países diferentes. Esta foi a primeira vez que um filme brasileiro recebeu o troféu.
Walter Salles receberá o prêmio em cerimônia de gala na abertura do Festival de San Sebastian, no dia 19 de setembro. Entregue desde 1999, o Grand Prix já foi recebido por nomes como Jean-Luc Godard, Maren Ade, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón, Jafar Panahi, Ryusuke Hamaguchi, Aki Kaurismäki, Paul Thomas Anderson, Terrence Malick, Michael Haneke, Yorgos Lanthimos e Chloé Zhao.
Estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, “Ainda estou aqui” acumula prêmios em 61 festivais ou premiações nacionais e internacionais. Além do Oscar, o filme conquistou o Globo de Ouro de melhor atriz, o Leão de Prata de melhor roteiro no Festival de Veneza e 13 estatuetas no Troféu Grande Otelo.
Adaptação de livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva (Mello) durante a ditadura militar e sobre como isso impactou a vida da família, que passa a ser comandada por Eunice (Torres).
Oscar
Pela primeira vez na História, o Brasil venceu um Oscar. “Ainda estou aqui” foi escolhido melhor filme internacional na 97ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, que aconteceu em março passado. O longa-metragem bateu “Emilia Pérez” (França), “Flow” (Letônia), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “A garota da agulha” (Dinamarca).
O prêmio foi entregue pela atriz Penélope Cruz e recebido pelo diretor Walter Salles. “Obrigado, primeiramente, em nome do cinema brasileiro. Eu estou muito honrado em receber isso nesse grupo extraordinário de cineastas”, disse Walter Salles, que dedicou o prêmio a Eunice Paiva, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. “Isso vai para uma mulher que depois de uma perda, sofrida por causa de um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Esse prêmio vai para ela, o nome dela era Eunice Paiva. E vai para duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”.
No Brasil
Após trajetória de muito sucesso no cenário internacional, com conquistas no Festival de Veneza, no Globo de Ouro, no Oscar e em muitos outros eventos pelo mundo, “Ainda estou aqui” teve sua noite de brilho no Brasil. O filme foi o grande vencedor do Prêmio Grande Otelo, em julho. A Academia Brasileira de Cinema realizou a premiação anteriormente conhecida como Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e que celebra anualmente o melhor do cinema nacional. Como era de se esperar, o drama nacional dirigido por Walter Salles foi o grande vencedor da noite ao conquistar 13 dos 16 prêmios possíveis, incluindo melhor filme, direção, atriz, para Fernanda Torres, e ator, para Selton Mello.
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