Quinta-feira, 20 de Novembro de 2025

Home Economia Ala do governo teme “fritura” de Jorge Messias, favorito para ministro do Supremo, após Lula ser

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Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva divergem sobre o momento ideal para a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um grupo considera que o cenário político atual no Senado está tensionado e defende que o petista oficialize a nomeação somente em 2026, avaliando que essa estratégia permitiria que “a poeira baixasse” e que o ambiente estivesse menos sujeito a disputas e resistências. Para esses aliados, o adiamento reduziria o desgaste e evitaria que a indicação fosse contaminada por debates decorrentes de movimentos recentes na Corte e no Congresso.

Após Lula descartar o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga no STF, integrantes dessa ala passaram a sugerir que o presidente substitua Messias por Bruno Dantas, atualmente presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo interlocutores, essa alternativa é vista como uma forma de reduzir a resistência política, uma vez que Dantas teria trânsito mais consolidado no meio parlamentar. Por outro lado, há governistas que defendem que a indicação seja anunciada ainda nesta quinta-feira (20), argumentando que Messias pode se tornar alvo de uma “fritura” ainda mais intensa caso o anúncio seja empurrado para o próximo ano, quando o ambiente político tende a estar mais polarizado por causa das eleições.

Aliados do advogado-geral da União avaliam que será necessário diferenciar Messias de Flávio Dino para tentar vencer a barreira à sua aprovação no Senado. Isso ocorre porque parlamentares têm mencionado o “trauma” deixado pelo ex-ministro da Justiça – que, após assumir uma cadeira no STF, montou uma ofensiva contra as emendas – para justificar a resistência a qualquer indicação considerada muito alinhada ao governo. Esse receio, afirmam auxiliares, tem sido usado como argumento recorrente nas conversas que antecedem a sabatina.

O discurso que interlocutores do chefe da AGU pretendem adotar no Senado é o de que Messias tem um perfil mais próximo do que consideram ser a postura discreta do ministro Cristiano Zanin do que do estilo de Dino. Ambos foram indicados por Lula ao STF neste mandato, mas o segundo acabou desagradando parte do Congresso por causa de inquéritos que atingiram deputados e pressionaram o Legislativo.

Governistas afirmam que Lula já recebeu sinais claros de que a resistência no Senado não se dirige especificamente ao nome de Messias, mas a qualquer indicação do governo. Na avaliação do Planalto, pesa o que aliados classificam como uma espécie de “birra”, motivada tanto pelo descontentamento com a exclusão de Pacheco da lista de cotados quanto pelo temor de que um novo ministro do STF possa adotar posições semelhantes às de Dino, especialmente em temas que afetem diretamente o Congresso. (Com informações da Coluna do Estadão, de O Estado de S. Paulo)

 

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