Domingo, 12 de Maio de 2024

Home Política Alexandre de Moraes diz que manifestantes radicais pretendiam enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou que os responsáveis pelos atos extremistas de 8 de janeiro planejavam prendê-lo e, posteriormente, enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais [do Exército] me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio”, disse Moraes em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (4).

“E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição”, prosseguiu o ministro.

“Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin [Agência Brasileira de Inteligência], que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então, está tudo bem”, declarou Moraes.

No decorrer da entrevista, ele disse ter se chocado com a “inação” da Polícia Militar do Distrito Federal em conter os vândalos que depredavam as sedes dos Três Poderes: “Afirmo sem medo de errar: não precisaria de cem homens do Batalhão de Choque para dispersar aquilo”.

Ainda de acordo com Moraes, permitir que eleitores insatisfeitos com o resultados das urnas nas eleições de 2022 acampassem em frente a quartéis do Exército foi um grande erro das autoridades.

“O Supremo Tribunal Federal recebeu mais de 1.200 denúncias contra quem estava acampado pedindo golpe militar, tortura e perseguição de adversários políticos. No dia do segundo turno, também tivemos um problema grave com a Polícia Rodoviária Federal, objeto de inquérito, que inclusive gerou a prisão do ex-diretor [Silvinei Vasques]. Houve a greve dos caminhões tentando parar o País. A violência estava em uma crescente”, relatou o ministro.

“O grande erro doloso foi permitir a entrada [dos extremistas] na Esplanada dos Ministérios. O 8 de janeiro foi o ápice do movimento: a tentativa final de se reverter o resultado legítimo das urnas”, concluiu.

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