Quinta-feira, 12 de Junho de 2025

Home Política Alexandre de Moraes nega pedido do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, para não comparecer a depoimento

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido do tenente-coronel Mauro Cid, delator da suposta trama golpista, para ser dispensado de acompanhar os interrogatórios dos demais réus – incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como delator da trama golpista, Mauro Cid foi o primeiro a ser ouvido na segunda-feira (9) por Moraes.

No depoimento, ele falou sobre os principais pontos da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), colocando Bolsonaro e o general Walter Braga Netto no centro das ações golpistas para manter o ex-presidente no poder mesmo após perder as eleições em 2022.

A defesa de Cid argumentou ao STF que o colaborador “já prestou depoimento, não tendo mais nada a acrescentar ou esclarecer” – e disse que ele permaneceria à disposição para mais explicações.

Moraes, no entanto, considerou a presença de Cid indispensável para garantir direito à ampla defesa e ao contraditório.

“[…] Será o réu quem escolherá o ‘direito de falar no momento adequado’ ou o ‘direito ao silêncio parcial ou total’; mas não é o réu que decidirá como será tomado seu depoimento, ou ainda, prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual penal”, escreveu Moraes.

“Na presente hipótese, é medida indispensável a presença dos réus durante as audiências de interrogatório, em verdadeiro instrumento de preservação do direito à ampla defesa e ao contraditório”, pontuou.

Redes sociais

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi mencionado 425 mil vezes no X (antigo Twitter) entre segunda e terça, segundo dados inéditos da consultoria Nexus.

Com o depoimento que prestou diante de Alexandre de Moraes, do STF, Cid se tornou o sétimo tema mais comentado da plataforma, ainda de acordo com a consultoria.

Ao ministro, o ex-auxiliar bolsonarista confirmou o conteúdo de sua delação, em que implica Bolsonaro na trama golpista que sucedeu as eleições de 2022. Por causa disso, “Bolsonaro Preso Já” também entrou no ranking de assuntos mais visados do X — foi o 16º da lista, com 24 mil citações.

Uma amostra de 237 mil posts, a Nexus encontrou 41 mil usuários publicando sobre o depoimento (e também sobre outros réus, como o próprio Bolsonaro e os generais Braga Netto e Freire Gomes).

Também foram analisadas 5,2 mil publicações do Instagram e do Facebook, que revelaram ainda posts sobre nomes, como Alexandre Ramagem, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira. Nas buscas do Google, Mauro Cid esteve em 3º lugar nas 24 horas após o depoimento, com mais de 50 mil acessos. Com informações do jornal O Globo.

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