Sábado, 22 de Novembro de 2025

Home Política Alexandre de Moraes tem tido conversas fora de agenda sobre a prisão de Bolsonaro, que ocorrerá em algum dia da semana que vem

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tem tido conversas fora de agenda sobre a prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que ocorrerá em algum dia da semana que vem. Uma delas foi com o comandante do Exército, Tomás Paiva, em uma reunião na noite da última segunda-feira (17) em que estava presente também o ministro José Múcio Monteiro.

Paiva não entrou no mérito de qual regime prisional Moraes deveria determinar ao ex-presidente, se domiciliar ou fechado – até porque não cabia.

Mas disse que mandá-lo para o Presídio da Papuda talvez fosse excessivo para um ex-presidente. E, em seguida, ofereceu algumas possibilidades em instalações militares no País, se a decisão de Moraes for pelo cumprimento da pena em regime fechado. Ele não disse nem que sim e nem que não ao oferecimento.

Agravamento

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi às redes sociais nessa sexta-feira (21) para relatar o que descreveu como um agravamento do estado de saúde de seu pai. Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar afirmou que Bolsonaro tem “soluçado dormindo” e apresentando vômitos constantes, quadro que, segundo ele, causa preocupação pela possibilidade de broncoaspiração.

“Estou com meu pai e jamais o vi como está. Está soluçando dormindo e fico com medo de refluxo nesse estado, o que pode de fato se tornar fatal caso broncoaspire o que vomitar. Se acordado, vomita constantemente; dormindo, fico com calafrios só de olhar”, escreveu Carlos. Ele afirmou ainda estar “impossibilitado” de divulgar imagens por “medidas ilegais”.

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto em sua casa no Jardim Botânico, em Brasília, enquanto aguarda o fim do processo da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso a condenação seja mantida, Bolsonaro deverá iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses em regime fechado.

Nos últimos dias, relatos sobre crises de soluço do ex-presidente se tornaram frequentes entre aliados que o visitam. Na quarta (19), o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes a visitar Bolsonaro, afirmou que ele apresentou “soluços constantes ao longo de toda a tarde”. O parlamentar disse ainda que o ex-presidente estaria abatido e apreensivo diante da possibilidade de transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda.

A defesa de Bolsonaro tem pedido ao STF a liberação para visitas de aliados, e Moraes autorizou uma série de encontros entre governadores e parlamentares. Entre eles estão Cláudio Castro (PL), governador do Rio, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, além do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

O médico pessoal de Bolsonaro, Cláudio Birolini, havia afirmado à CNN Brasil na terça (18) que as crises de soluço estavam controladas com ajuste de medicamentos e que o tratamento permanecia inalterado.

Enquanto o STF se prepara para concluir o julgamento dos recursos, o entorno político do ex-presidente insiste em denunciar o que chama de “tortura” e “injustiça”. Marcel van Hattem chegou a afirmar que a decisão que mantém Bolsonaro em prisão domiciliar “impõe a um homem de 70 anos com saúde frágil uma tortura inaceitável”. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)

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