Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025

Home Política Aliados de Bolsonaro pediram 3 semanas ao governo Trump para aprovar agenda anti-Supremo no Congresso Nacional

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O núcleo bolsonarista com interlocução na Casa Branca pediu um prazo ao governo norte-americano para conseguir a aprovação no Congresso brasileiro de um pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF).

Esse grupo alega, nos bastidores, estar tentando reduzir as tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil em razão do julgamento de Bolsonaro, e que o governo americano condicionou tal recuo à aprovação da anistia – um dos itens desse pacote.

O pacote, negociado por deputados bolsonaristas com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) como condição para encerrar o motim no Congresso, inclui:

* A PEC das prerrogativas, que visa a exigir autorização da Câmara ou do Senado para que os deputados possam ser processados ou, até mesmo, investigados criminalmente. Pela Constituição, esses casos tramitam no supremo Tribunal Federal (STF)

* A mudança no foro privilegiado para tirar do STF processos contra os parlamentares – e, creem bolsonaristas, os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

* Por fim, a anistia, com o objetivo de livrar condenados e investigados pelos atentados de 8 de janeiro – e, potencialmente, Bolsonaro e os demais envolvidos na trama golpista.

Até que essas medidas avancem, segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, o núcleo bolsonarista em Washington, comandado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo empresário Paulo Figueiredo, deve continuar a trabalhar para ampliar o alcance da Lei Magnitsky, imposta contra o ministro Alexandre de Moraes.

Um dos objetivos é conseguir que o governo americano inclua familiares de Moraes na lista de sancionados pela lei.

E por que três semanas? Porque esse é aproximadamente o tempo que antecede o julgamento de Bolsonaro no STF, marcado para começar no dia 2 de setembro.

Bolsonaristas acreditam que, se Bolsonaro for condenado, a expectativa é de que a Magnitsky atinja a todos os ministros que votarem pela condenação do ex-presidente.

Bastidores 

Na semana passada, Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo se reuniram com Scott Bessent, secretário do Tesouro norte-americano, no mesmo dia da reunião que foi cancelada entre Haddad e o representante dos EUA.

O encontro, segundo o blog, durou cerca de uma hora. A dupla entregou um relatório sobre como os bancos não estariam cumprindo a Lei Magnistky no Brasil.

Quando acabou a reunião, Paulo Figueiredo pediu uma foto e eles toparam tirar do celular deles e conversaram internamente sobre a divulgação. Marco Rubio, do Departamento de Estado dos EUA, foi consultado e deu sinal verde. A foto foi divulgada nas redes sociais de Eduardo e Figueiredo na última sexta-feira (15).

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