Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de maio de 2022
Os alertas de desmatamento na Amazônia passaram de 1 mil km² em abril e bateram recorde para o período, de acordo com os dados do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Deter, divulgados nesta sexta-feira (6).
Alertas de desmatamento em abril, série histórica:
“Esta é a primeira vez na história do sistema Deter-B, do Inpe, que os alertas mensais de desmatamento ultrapassam 1 mil km² no mês de abril”, alerta o Observatório do Clima, rede de organizações e entidades especializada no monitoramento de temas do meio ambiente no Brasil.
Segundo o Observatório, o cenário é grave porque abril ainda é um mês de chuvas na Amazônia – o último do chamado “inverno” amazônico, quando o ritmo das motosserras naturalmente arrefece.
“Antes do governo Bolsonaro, era raro um dado mensal de alertas ultrapassar 1.000 km² até mesmo na estação seca”, complementa o Observatório do Clima.
Em março, já havia sido apontado que a alta dos alertas no período do chuva é preocupante e, segundo especialistas, sinaliza que são grandes as chances de o acumulado no período 2021/2022 levar a Amazônia a superar os 15 mil km² de destruição até julho.
O atual cenário de devastação vai na contramão das metas e compromissos assumidos pelo Brasil durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), entre eles, acabar com o desmatamento ilegal antes de 2030.
Localidades sob maior impacto em abril
Os cinco Estados com maior área sob alertas de desmatamento em abril foram:
Os municípios com maior área sob alerta de desmatamento foram:
Temporada de desmatamento mais intensa
O Observatório do Clima analisa os dados do Deter/Inpe e aponta que, no acumulado do ano/período, os alertas já chegam a 5.070 km², 5% a mais do que na temporada passada e segundo maior número da série histórica – perdendo apenas para o recorde de 5.680 km2 batido pelo próprio governo em 2020.
Desde agosto passado, os alertas vêm batendo recordes: em outubro, janeiro, fevereiro e agora em abril, aponta o Observatório do Clima.
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