Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025

Home Agro Angus e Ultrablack entregam 7,9 mil doses de sêmen para produtores de SC

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Iniciativa inédita democratiza genética de elite e fortalece sustentabilidade na pecuária de corte catarinense

A pecuária de corte de Santa Catarina vive um momento histórico. A Associação Brasileira de Angus e Ultrablack realizou, nesta quinta-feira (9), a entrega de 7,9 mil doses de sêmen de touros Angus de alto desempenho à Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do sistema Faesc/Senar-SC. A ação ocorreu durante a Exposição Nacional de Angus e Ultrablack, na programação da Efapi, em Chapecó (SC), e marca o início de um projeto que prevê a distribuição de 15 mil doses até o fim de outubro.

A iniciativa integra o Projeto de Disponibilização de Sêmen de Touros Angus no ATeG/Senar, criado para promover o melhoramento genético dos rebanhos, aumentar a eficiência alimentar e elevar os índices de produtividade e sustentabilidade da pecuária de corte. O projeto é fruto de um convênio inédito firmado entre a Associação, a Faesc e o Senar-SC, com apoio técnico da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS).

Genética de elite com foco ambiental

O material genético fornecido é proveniente de touros classificados como Elite e Superior na Prova de Eficiência Alimentar (PEA), conduzida pela Associação em parceria com a Embrapa. A avaliação, iniciada em março e com duração de 70 dias, considera critérios como conversão alimentar e emissão de metano, priorizando animais com baixo Consumo Alimentar Residual (CAR) e alto Ganho Médio Diário Residual (GMDR) — indicadores que permitem produzir mais carne com menor consumo de alimento e menor impacto ambiental.

“Com essa ação, levamos aos produtores uma genética comprovadamente eficiente, que representa o que há de mais avançado em sustentabilidade e produtividade na pecuária brasileira. É um projeto que democratiza o acesso à genética de ponta e fortalece o elo entre pesquisa, técnica e campo”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, José Paulo Dornelles Cairoli.

Inclusão produtiva e transformação no campo

A distribuição das doses será acompanhada por suporte técnico especializado, com monitoramento dos resultados reprodutivos e econômicos. Os bezerros nascidos das inseminações serão identificados com brincos especiais, permitindo o rastreamento do desempenho ao longo do ciclo produtivo.

“Essa entrega representa o compromisso do nosso sistema Faesc/Senar de contribuir com a melhoria genética, com a qualificação produtiva dessa atividade, que é a pecuária de corte. Além disso, auxilia na eficiência das propriedades, na geração de renda e na qualidade de vida”, destacou a coordenadora do programa de Assistência Técnica do Senar, Paula Nunes.

O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, reforçou o impacto da iniciativa para os pequenos e médios produtores. “Santa Catarina é um estado com uma pecuária formada por médios criadores — e queremos fortalecer neles o hábito do uso da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) para que possam evoluir geneticamente. Nosso sonho é que, com um rebanho cada vez melhor e uma sanidade animal reconhecida mundialmente, a carne bovina catarinense alcance o mesmo reconhecimento e valorização internacional que já conquistamos com os suínos.”

Investimento e legado

O projeto representa um investimento de cerca de R$ 140 mil, incluindo aquisição e logística de distribuição das doses. As inseminações serão realizadas em duas etapas: a primeira entre outubro e dezembro de 2025, e a segunda entre janeiro e março de 2026. As primeiras avaliações de prenhez e desempenho dos bezerros estão previstas para julho de 2026, com um relatório final de resultados programado para dezembro do mesmo ano.

Mais do que uma entrega de insumos, o projeto representa uma virada estratégica na pecuária catarinense, conectando pesquisa científica, inovação genética e inclusão produtiva. Com apoio das principais instituições do setor, Santa Catarina se posiciona como modelo nacional de pecuária sustentável, capaz de unir tecnologia, eficiência e valorização da produção local. (Gisele Flores)

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