Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2025

Home Brasil Anvisa proíbe produtos à base de alulose, adoçante ainda não aprovado no País

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de todos os lotes de alulose (tipo de açúcar com baixo índice de calorias e produzido a partir da frutose) da empresa Sainte Marie Importação e Exportação. Em nota, a entidade afirma ter proibido “tanto o comércio quanto a distribuição, a importação, a propaganda e o uso do produto”.

A proibição ocorreu porque a alulose não consta da lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para o uso como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil.

“A alulose não consta na lista de substâncias autorizadas pela Anvisa para ser utilizada como adoçante ou ingrediente alimentar no Brasil”, explica a entidade, em nota.

De acordo com a agência, todos os alimentos ou ingredientes novos, ou seja, sem histórico de consumo no Brasil, devem ser submetidos à aprovação da Anvisa. A empresa interessada “deve apresentar documentos técnico-científicos para análise da Agência”.

Após esse procedimento, a Anvisa “verifica se o processo de fabricação desse novo alimento ou ingrediente não introduz ou concentra substâncias que possam ter efeitos danosos à saúde ou se a indicação de consumo não extrapola os níveis considerados seguros”.

O que é alulose

Alulose (ou D-psicose) é um açúcar raro e natural, que se destaca por ter um sabor muito similar ao açúcar comum, mas com pouquíssimas calorias (quase zero) e sem impacto na glicemia, pois o corpo a absorve sem metabolizá-la, eliminando-a pela urina.

Segundo Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a alulose pode ser encontrada naturalmente em alguns alimentos, como figo e uva. Trata-se de um tipo de açúcar semelhante à frutose, mas com diferenças químicas capazes de reduzir sua absorção pelo organismo.

“O mecanismo de ação é semelhante ao de outros adoçantes. Ela tem baixo valor calórico e estudos indicam pouco impacto sobre a glicose e a resposta insulínica”, explica. Daí por que passou a ser vista como alternativa ao açúcar comum.

“Há estudos que indicam um certo grau de segurança no consumo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Food and Drug Administration (FDA, agência semelhante à Anvisa) autoriza seu uso com base em estudos toxicológicos e clínicos”, afirma a especialista.

No Brasil, no entanto, não houve processo de regularização do ingrediente. “Talvez o produto não tenha sido submetido à aprovação ou não atendeu aos requisitos exigidos pela Anvisa para liberação”, esclarece.

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