Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025

Home Música Ao celebrar 25 anos, Jota Quest renova votos com o futuro em disco de inéditas

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Não existe desafio maior, para uma banda que está em plena turnê comemorativa de 25 anos de carreira e, portanto, com alta dose de nostalgia no repertório, do que lançar um álbum de inéditas.

O grupo mineiro Jota Quest resolveu dar essa espécie de cavalo de pau – na estratégia de mercado, e não na sonoridade, é preciso esclarecer – e colocou nas plataformas o álbum De Volta ao Novo – Volume 1. É o primeiro com novas canções desde Pancadélico, de 2015.

Amparada pela gravadora Sony Music, multinacional com quem o grupo tem contrato desde 1996, a banda já planejava lançar o trabalho desde antes da pandemia. A parada forçada e, depois, a estreia da turnê comemorativa despertaram nos integrantes Rogério Flausino (vocal), Marco Túlio Lara (guitarra e violão), Márcio Buzelin (teclados), PJ (baixo) e Paulinho Fonseca (bateria) a vontade de começar tudo de novo.

Banda de uma geração posterior ao chamado BRock, o Jota Quest tem entre as suas inspirações Os Paralamas do Sucesso, formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. Algo fácil de entender. Foram os Paralamas que se abriram para o mundo, deixando gêneros como o reggae e a música africana, além de brasilidade, se misturar com o rock feito no País.

Por isso, a presença de Vianna no vocal e tocando guitarra na faixa Fique Bem é tão significativa. “O Herbert tem várias limitações. Ele não tem querido muito ir a estúdio. Mas ele foi amarradão. Ficamos sabendo que ele gostou muito do resultado”, conta Flausino.

Nando Reis

Em De Volta ao Novo – Volume 1, o Jota Quest ainda se reencontra com outro ídolo, o compositor Nando Reis, de quem eles incluíram a inédita Só o Amor Liberta. A letra traz citações a Luiz Melodia e Criolo. É a terceira composição de Nando no repertório do grupo, que gravou antes e lançou Do Seu Lado, que virou hit. “É meio Roberto Carlos, meio Raul Seixas”, diz Flausino.

Em um momento em que a reunião dos Titãs foi abraçada pelos fãs – uma turnê de meia dúzia de shows se tornou um giro mundial – e que o Skank fez uma pausa na carreira, um questionamento válido é o que move o Jota Quest a estar junto ao longo de 25 anos ininterruptos.

O primeiro motivo, segundo a banda, é justamente a possibilidade de lançar um álbum de inéditas em um movimento natural de continuidade da trajetória do grupo.

“Não estamos voltando ou acabando. Esse momento se assemelha muito a uma família, não romantizada, mas também com as divergências, mas que tem um pilar de sustentação que é essa renovação dos nossos objetivos. Isso supera tudo. Com o tempo, também aprendemos a lidar um com o outro”, observa Lara.

“Não estamos voltando ou acabando. É um momento de renovação dos nossos objetivos. Isso supera tudo. Com o tempo, também aprendemos a lidar um com o outro” Marco Túlio Lara

Guitarra e violão

“Não tem fórmula. Fomos aprendendo”, diz Fonseca. “A gente conseguiu entender o limite do outro. Se eu quiser matar o Flausino do coração, é dois minutos. Um é refém do outro”, completa o baterista.

O segundo impulso é uma série de shows por arenas e estádios no Brasil em 2024, com a turnê Jota 25.

O volume 2 do álbum De Volta ao Novo vai ter 16 músicas e seu lançamento está previsto para o ano que vem. A ideia do grupo é lançar um vinil duplo. Antes, até o fim deste ano, deve chegar ao mercado um registro audiovisual gravado no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

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