Domingo, 16 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de novembro de 2025
O Pix completou no domingo (16) cinco anos e já é usado por 90% da população. No mês do lançamento, novembro de 2020, 6% dos brasileiros fizeram pelo menos um Pix. Em um ano, metade da população. No mês passado, 9 em cada dez pessoas. Em média, um brasileiro faz 39 transferências imediatas por mês — mais de uma por dia.
O meio de pagamento que é referência para países do mundo todo amadureceu à medida que se tornou popular. No lançamento, o valor médio das transferências era de mais de R$ 500; hoje é de R$ 188. O dinheiro vivo praticamente sumiu da praça e “Pix” virou sinônimo de pagamento rápido, fácil e barato.
Nesse período, a ferramenta — que reúne cerca de 890 milhões de chaves cadastradas e já faz parte da rotina de mais de 170 milhões de brasileiros — conseguiu aumentar o acesso ao sistema financeiro e estimular a concorrência entre instituições, alcançando a marca de R$ 85,5 trilhões em recursos movimentados entre 16 de novembro de 2020 até 30 de setembro de 2025.
Desde o seu lançamento, o Pix conseguiu ampliar sua lista de funcionalidades: permite desde transferências instantâneas — sua principal função —, até o pagamento automático de contas recorrentes, o agendamento de pagamentos futuros, o Pix por aproximação, entre outros.
O tamanho do crescimento aparece nos números: só em 2024, o PIX movimentou mais de R$ 26 trilhões — valor equivalente a quase dois PIBs e meio do Brasil. Ao completar meia década, a expectativa do BC é que o Pix continue em expansão, impulsionado por projetos que devem integrar de forma ainda mais profunda o sistema de pagamentos, crédito e, no futuro, operações internacionais.
Em um restaurante, a conta vem com desconto para quem paga com Pix. A escolha é do chef e sócio. Victor Magri, sócio-fundador do estabelecimento, explica: “É dinheiro no bolso, a gente conseguindo pagar as contas, investir no próximo estoque e chamar alguém externo para passar algum treinamento. Então é o dinheiro que a gente consegue colocar em giro para o negócio funcionar.”
Um estudo do Movimento Brasil Competitivo estima que brasileiros economizaram R$ 117 milhões em cinco anos ao não pagar taxas. Só em 2025, até setembro, já passa de R$ 38 bilhões.
“Hoje, para você ter o empreendimento, você não precisa ter necessariamente um CNPJ ligado a um banco, uma máquina de cobrança. Você, com um simples celular, com um aplicativo de banco, você já consegue gerar um código para pagamento. Essa digitalização foi de fato disseminada, né? Não é algo que fica muito concentrado numa região; o que a gente tem visto é que também está espalhado pelo país o uso do Pix”, diz Rodolpho Tobler, economista do Movimento .
Na economia formal e na informal, para o prestador de serviços ou empresário, do princípio ao fim de muitos negócios, o Pix é o meio.