Segunda-feira, 21 de Julho de 2025

Home em foco Após live de Eduardo Bolsonaro, diretor-geral da Polícia Federal diz que “nenhum investigado intimidará” a corporação

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Após declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em uma live realizada no domingo (20) nas redes sociais em que ele menciona integrantes da PF (Polícia Federal), o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, afirmou que recebeu “com indignação mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais”. O delegado disse que “nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”.

Segundo ele, a PF adotará as providências legais cabíveis. Na live, o parlamentar mencionou o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Cachorrinho da Polícia Federal que está me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente”, disse Eduardo.

A declaração foi dada após o deputado afirmar que pretende trabalhar para retirar o ministro Alexandre de Moraes do Judiciário, reforçando o tom de confronto com o STF (Supremo Tribunal Federal).

Shor atuou em inquéritos que investigam Bolsonaro no STF, incluindo os casos da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e a fraude em cartões de vacina.

Eduardo, que é escrivão licenciado da PF, já foi alvo de um procedimento administrativo disciplinar aberto pela própria corporação no início deste ano. A apuração foi motivada por declarações anteriores do deputado contra o delegado Shor.

A corporação reforçou que ameaças a agentes públicos no exercício de suas funções são graves e podem ser alvo de novas apurações criminais.

Fim da licença

Também na live, Eduardo afirmou que não pretende renunciar ao cargo de deputado. A licença que ele pediu à Câmara terminou no domingo, e o parlamentar passará a ter faltas contabilizadas caso não justifique suas ausências.

Investigação e acusações

O deputado está nos Estados Unidos desde fevereiro. Em março, ele anunciou que pediria licença do mandato. Eduardo é alvo de uma investigação aberta pela PGR (Procuradoria-Geral da República) que apura suposta obstrução de Justiça, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A investigação considera que o deputado pode ter atuado nos EUA para influenciar processos que envolvem o pai e outras autoridades brasileiras.

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