Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025

Home Rio Grande do Sul Arábia Saudita retoma importação da carne de aves do Rio Grande do Sul

Compartilhe esta notícia:

O governo da Arábia Saudita anunciou que vai retirar as restrições temporárias impostas à importação de carne de aves do Rio Grande do Sul. A decisão acontece após a conclusão do foco de gripe aviária registrada no município de Montenegro. A confirmação foi dada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), na quarta-feira (13).

Dados da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) mostram que a Arábia Saudita foi responsável por 21% das exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul entre janeiro a outubro de 2024, ficando atrás apenas dos Emirados Árabes. Entre abril e janeiro deste ano, a Arábia Saudita era o 2º maior importador do produto brasileiro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

O presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos, destacou que é uma notícia importante, tendo em vista o potencial de compra da Arábia Saudita. “É mais um passo rumo a normalização do comércio exterior para a avicultura do Rio Grande do Sul. Hoje os países do Oriente Médio importam cerca de 30% do que o Brasil exporta, e automaticamente, o Estado se enquadra nesse número porque somos o 3º maior exportador do Brasil”, afirmou.

“Aos poucos estamos reabrindo mercados importantes e estratégicos para o Rio Grande do Sul. Isso também mostra a credibilidade que temos junto aos países e a qualificação do trabalho do Serviço Veterinário Oficial gaúcho”, enfatizou o secretário da Agricultura, Edivilson Brum.

Na última semana, em missão ao Rio Grande do Sul, o Chile também havia anunciado a reabertura do mercado avícola. Faltando agora dois importantes países que é são a China e a União Europeia.

“A reabertura da Arábia Saudita é extremamente importante por se tratar de um parceiro comercial fundamental para a avicultura do Rio Grande do Sul e isso simboliza o reconhecimento das garantias que o Estado e que o país têm dado à proteína animal, em especial à avicultura”, destacou o secretário-adjunto da Seapi, Márcio Madalena.

Gripe aviária

Conforme o Ministério da Saúde, a gripe aviária é uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), desde o ano de 2022 observa-se surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas, aves e mamíferos silvestres em diversos países da região das Américas como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, no Brasil.

O vírus influenza subtipo A(H5N1) é predominante nesses surtos e é a primeira vez que se nota uma persistência na ocorrência dos casos nas aves, e de forma prolongada. Sempre que os vírus da influenza aviária circulam entre aves, existe o risco de ocorrência esporádica de casos humanos pela exposição a aves infectadas ou ambientes contaminados.

Assim, o controle da doença em animais é uma medida essencial para reduzir o risco ao ser humano e ao ambiente, sendo fundamental que as vigilâncias animal e humana atuem em constante comunicação, trabalhando de forma coordenada e se fortalecendo mutuamente.

Até o momento, dentro do que foi observado no mundo, o vírus da influenza aviária não infecta humanos com facilidade e, quando ocorre, geralmente a transmissão de pessoa a pessoa não é sustentada.

Globalmente, desde 2003, foram notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS) um total de 874 infecções humanas, incluindo 458 óbitos, caracterizando alta letalidade.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

Pastor Silas Malafaia é investigado pela Polícia Federal no inquérito sobre obstrução do processo que apura a tentativa de golpe
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News