Sábado, 01 de Novembro de 2025

Home Mundo Argentina prende brasileiros na fronteira com o Rio Grande do Sul e investiga se há ligação com o Comando Vermelho

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Três brasileiros foram presos na fronteira da Argentina com o Rio Grande do Sul e a polícia investiga possível ligação com o CV (Comando Vermelho). A prisão aconteceu, na tarde de sexta-feira (31), na cidade de Alba Posse, na província de Misiones, que faz fronteira com o município de Porto Mauá (RS).

A polícia de Misiones informou em comunicado que os homens entraram ilegalmente no território argentino.

“A força policial provincial está tentando determinar se eles têm ligações com uma facção de tráfico de drogas”, afirmou a polícia. A imprensa local apontou que a organização em questão se trata do Comando Vermelho, que foi recentemente classificado como organização terrorista pelo governo argentino.

Os detidos foram identificados pelas autoridades como Ednei Carlos D. S., de 25 anos, Luis Eduardo T. de S., de 23 anos, e Jackson S. de J., de 35 anos. As autoridades disseram que eles são residentes de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, e “não possuíam documentos de imigração válidos nem puderam justificar sua presença na região” no momento da abordagem.

“Segundo os policiais responsáveis ​​pela operação, dois dos homens têm antecedentes por tráfico de drogas em seu país de origem, e o terceiro tem antecedentes por agressão”, informou a polícia.

“Isso motivou a ativação imediata dos protocolos de cooperação internacional para verificar se há mandados de prisão internacionais pendentes contra eles. As autoridades também estão investigando se eles têm conexões na região, entre outras informações necessárias”, completou o comunicado.

A polícia disse estar em contato com a Polícia Militar e Civil do Brasil e “até que informações oficiais sejam recebidas, os três homens permanecerão sob custódia”.

O Ministério da Segurança da Argentina anunciou a ativação, na quarta-feira (29), um alerta máximo na fronteira com o Brasil para evitar a entrada de criminosos de facções brasileiras no país.

“Determinarei um alerta máximo nas fronteiras para que não haja nenhum tipo de passagem daqueles que devem estar mudando de lugar, [saindo] da centralidade do conflito no Rio”, disse a ministra Patricia Bullrich.

Segundo ela, o alerta “significa olhar com atenção todos os brasileiros” que entram na Argentina, checando os antecedentes dos viajantes. “Claro, não confundindo turistas com membros [de organizações criminosas]”, esclareceu.

Bullrich mencionou especificamente controles na Tríplice Fronteira com o Brasil e o Paraguai. Ela disse, no entanto, que não haverá envio de mais forças de segurança para a região. Após o anúncio, a ministra argentina publicou a ordem que deu para a Secretaria de Segurança Nacional para que maiores controles sejam implementados.

“Reforçamos as fronteiras para proteger os argentinos diante de qualquer ‘debandada’ que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro. A segurança do nosso país, sempre primeiro”, escreveu em redes sociais.

No documento, ela pede que “no contexto dos episódios ocorridos na terça 28 de outubro do presente ano na Cidade do Rio de Janeiro” sejam seguidas instruções para o reforço de operações nas zonas da fronteira leste e noroeste do país.

“Este alerta constitui uma medida preventiva derivada da teoria da ‘debandada’ que pode acontecer. Envie aos agentes posicionados na fronteira o manual de reconhecimento de sinais que caracterizam estes grupos narcoterroristas para facilitar às forças as possíveis identificações”, diz o texto.

Bullrich também pede que contatos sejam ativados com as forças policiais brasileiras e do Paraguai para uma tarefa conjunta para garantir a troca de informações e as capacidades operacionais.

Na terça-feira (28), Bullrich afirmou que a Argentina incluiu o Comando Vermelho e o PCC (Primeiro Comando da Capital) no Repet (Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo) do país.

“A Argentina declarou essas duas organizações como narcoterroristas”, disse Bullrich em entrevista ao canal La Nación +, após a operação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 mortos.

Segundo a ministra, há 39 brasileiros em prisões argentinas, dos quais cinco são do Comando Vermelho e “sete ou oito” do PCC.

“Eles estão muito isolados uns dos outros para que não tenham nenhum tipo de poder”, garantiu.

Bullrich explicou que há um controle “muito estrito” sobre os detentos das duas facções, identificados por meio de tatuagens e práticas de ritos de iniciação nas prisões.

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