Sábado, 02 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2025
Estou fazendo uma pesquisa. Você poderia me responder três perguntas? É rapidinho!
1 – Você é a favor da divulgação de pesquisas eleitorais?
Sim ( ) Não ( )
2- Que importância você atribui em saber a posição dos candidatos em pesquisas eleitorais?
( ) muita ( ) pouca ( ) nenhuma
3- Se aprova as pesquisas, onde você se enquadra nas opções abaixo?
( ) Sou marqueteiro profissional.
( ) Tenho muitos seguidores e posso influenciar a mudarem seus votos.
( ) Por pura curiosidade.
( ) Me orienta ao voto útil.*
● Não voto no meu preferido , para que não vença quem não quero!
Um candidato contrata uma pesquisa. Paga caro por ela e a pesquisa revela que outro candidato concorrente está liderando nas pesquisas. Na sua opinião:
O candidato que pagou pela pesquisa, irá divulgar o resultado? Obrigado, não precisa responder. Por certo que não irá divulgar! No máximo, vai utilizar a pesquisa para corrigir sua campanha, mas jamais irá divulgar, a não ser que: ele próprio esteja na liderança.
E por que é tão importante estar liderando as pesquisas de intenção? Óbvio que o candidato que lidera será o que tem mais probabilidade de conseguir ser eleito. Pesquisas de intenções de votos são aparentemente legais, mas ao meu ver, buscam razões subliminares para atender outros interesses de quem irá ocupar cargos públicos e com poderes, no futuro.
Qual a vantagem para a sociedade de saber antecipadamente quem lidera as com as pesquisas? Nenhuma. Há interesse de uns, sim, mas para sociedade, nenhuma vantagem. Abordemos o tema por outro ângulo e de forma bem pragmática: se você for o pesquisado e sua resposta ao entrevistador coincidir com a sua opção de voto no dia da votação, então, seu voto foi antecipado.
Foi revelado antes de ser colocado nas urnas!! E em sendo divulgado antes do pleito o voto revelado, não foi secreto.
Acompanhe com atenção: o voto foi secreto na urna, mas se você revelou antecipadamente seu voto, logo não foi secreto pois influenciou outros eleitores.
Mas como a pesquisa é de INTENÇÃO de voto, podemos dizer que o eleitor declarou uma “preferência”, mas que não se confirmou o mesmo, no dia e votou diferente na urna.
Ora, se a pesquisa divulgar a intenção, e o voto diverge na urna, então, a pesquisa não é uma expressão da verdade. Por este ponto de vista , pesquisas divulgadas só tem duas possibilidades:
1- Antecipou o que deveria ser voto secreto.
2 – Algo não verdadeiro foi publicado.
E aí vem a pergunta.
Qual o objetivo divulgar?
É aí que entra a verdadeira motivação das pesquisas: induzir pessoas, ou melhor eleitores a escolher candidatos por estarem melhor colocados nas pesquisas. Todos nós sabemos disto, sabemos dos efeitos subliminares das pesquisas de intenção de votos. Outra.
(…) Em uma nova pesquisa de opinião o candidato (…) ficou melhor nas pesquisas. Ora como é possível avaliar variações de intenção de votos se a “fonte”, ou seja, aquele que foi o pesquisado na primeira pesquisa não é a mesma pessoa na pesquisa seguinte? A mesma pergunta, sim, mas para pessoas diferentes.
O entrevistado na pesquisa anterior não é o mesmo da atual. Como se pode falar em “tendência” do “eleitorado” , se foram pessoas distintas? O voto ou vontade do eleitor é personalíssimo! E mais! Você já viu uma pesquisa depois das eleições para estratificar seus eleitores por idade, classe ou região?? Nunca!
Por que será? Por que ninguém se interessa em saber os dados reais? Tá mais que na hora da sociedade amadurecer e NÃO RESPONDER pesquisas de intenção de votos. Se o voto é secreto faça valer que realmente seja, só depende de você.
(Rogério Pons da Silva é jornalista e empresário industrial)
No Ar: Pampa Na Madrugada