Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home | Aumenta o clima de tensão na fronteira da Ucrânia com a Rússia

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A Ucrânia está espremida entre ameaças da Otan e da Rússia. Os dois lados ainda mantêm posições muito rígidas. No sábado, a movimentação de tropas russas na região de fronteira com a Ucrânia se intensificou, deixando a população do leste do país, que convive há tempos com um crescente clima de tensão, ainda mais temerosa.

Entretanto, a vida mudou pouco desde que o conflito começou. Já faz oito anos, e o Leste ficou esquecido.

A vila desmoronou nos dois lados do fronte. Mas um casal continua de pé. Kateryna se pergunta para onde eles iriam: “Quem precisa de dois velhos?”.

Ela acha que não dá para ficar pior, perdeu a fé nos governos. A mulher do retrato tem lembranças muito melhores. A Kateryna de hoje conserva a memória do estampido: a bomba caiu a 15 metros da despensa. O marido acha que alguém tem que falar com “esse Putin” para não invadir a Ucrânia. Ele se questiona: “Por que uma invasão se não temos nada para ele levar?”.

O governo russo já teria aumentado o banco de sangue e enviado material médico para soldados na fronteira com a Ucrânia. Agora, suprimento de luz, água e calefação mal chegam em algumas áreas separatistas.

Um morador agradece por ainda ter um pouco de lenha na cidade onde nasceu. Rotislav anda deprimido, acha que vai ser esmagado no fogo cruzado. O exército ucraniano está estacionado a um quilômetro.

Uma senhora mostra as marcas visíveis da guerra. Tatiana vive sozinha com o gato. Ela disse que “a cada segundo, a Ucrânia está morrendo, e todos querem a paz”. Tatiana acha que nem se explicassem iam entender o que é viver sob ataque. Ela já não acredita nas promessas ocidentais, acha que mentem, dizem uma coisa e fazem outra.

Na capital Kiev, também não há grandes esperanças na diplomacia internacional. Um homem reconhece a ajuda do Ocidente, mas acha que o auxílio chegou tarde demais. Agora, ele prefere acreditar no bom senso dos russos.

A Ucrânia está espremida entre as ameaças da Otan e da Rússia, e os dois lados ainda mantêm posições muito rígidas. Mas, pelo menos, os canais de diálogo foram restaurados. O primeiro-ministro britânico, por exemplo, anunciou que vai ligar para Vladimir Putin, o presidente da Rússia, na semana que vem.

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