Sábado, 18 de Maio de 2024

Home em foco Austrália, Alemanha, França e Bélgica confirmam os primeiros casos de varíola do macaco

Compartilhe esta notícia:

A varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) está se alastrando cada dia mais. Nesta sexta-feira (20), Alemanha, Austrália, Bélgica e França confirmaram os primeiros casos da doença. Autoridades de saúde da Espanha também informaram que o número de infectados no país subiu para 21.

O Reino Unido foi o primeiro país na Europa a registrar casos da doença, no início do mês. Desde então, pacientes infectados pelo vírus foram identificados na Itália, Portugal, Espanha, Canadá e Estados Unidos. Pelo menos 100 casos confirmados ou suspeitos já foram relatados.

Na Alemanha, apenas um caso foi detectado. O Instituto de Microbiologia das Forças Armadas Alemãs em Munique não deu detalhes sobre o paciente. Disse apenas que se trata de uma pessoa “com lesões cutâneas características”. Na Bélgica, dois casos de varíola dos macacos foram detectados em cidades diferentes. Segundo informações da emissora VRTNWS, os dois pacientes compareceram à mesma festa em um local não revelado.

As autoridades de saúde francesas também confirmaram o primeiro caso da doença em país, em um paciente na região de Paris. Já o caso detectado na Austrália ocorreu em em um viajante que retornou recentemente do Reino Unido. Há ainda outro suspeito em investigação, também um homem que viajou recentemente para a Europa. Ambos desenvolveram uma doença leve depois de voltarem à Austrália com sintomas clinicamente compatíveis com a varíola, disseram autoridades de saúde.

Na Espanha, o número total de casos confirmados subiu para 21, após outros 14 pacientes serem identificados na região de Madri. Segundo informações das autoridades de saúde, existem ainda outros 20 casos suspeitos, 19 na região central de Madri e um nas Ilhas Canárias.

O país está avaliando diferentes opções terapêuticas, como antivirais e vacinas, mas, de acordo com a ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, até agora todos os casos apresentam sintomas leves e nenhum tratamento específico foi necessário.

Na Itália, onde o primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado, o número de infectados subiu para três. Nesta sexta, mais dois pacientes com o vírus foram identificados no hospital Spallanzani, em Roma. Em comunicado, o comissário de saúde da região do Lazio, que inclui Roma, disse em as novas estão relacionadas ao primeiro caso detectado no país.

A varíola dos macacos é rara fora de partes da África onde o vírus é endêmico. Os primeiros casos dessa leva começaram a ser detectados no dia 7 de maio, no Reino Unido, em um paciente que havia retornado da Nigéria. No entanto, os demais diagnósticos na região não têm histórico de viagem a países onde o vírus circula.

Esse fato intriga especialistas, uma vez que as infecções identificadas fora da África geralmente são relacionadas a pessoas que estiveram no continente. Em 2021, por exemplo, os Estados Unidos registraram duas pessoas com a doença, mas ambas haviam visitado a Nigéria e o surto foi controlado na época.

Além disso, os novos diagnósticos foram detectados em alguns pacientes que não aparentam ter conexão entre eles, o que eleva o receio de que já esteja ocorrendo uma transmissão comunitária nesses países – quando o contágio é entre pessoas no mesmo território sem histórico de viagem ou origem definida.

A varíola dos macacos é uma infecção viral rara semelhante à varíola humana, considerada leve. A transmissão normalmente acontece do animal para a pessoa em florestas da África Central e Ocidental. Casos de contágio entre seres humanos podem acontecer, mas são mais raros, aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, autoridades de saúde pelo mundo monitoram de perto os novos diagnósticos que parecem se espalhar com mais facilidade de pessoa para pessoa.

Embora considerada rara, a OMS explica que a transmissão entre humanos se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias. Em todos os países onde foram detectadas, as infecções foram predominantemente entre homens que se identificam como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens (HSH).

A informação está sendo analisada pela OMS e levou a UKHSA a enfatizar que pessoas desses grupos estejam ainda mais alertas para quaisquer erupções ou lesões incomuns na pele e, se for o caso, procurem imediatamente atendimento médico.

O comunicado da agência destaca, no entanto, que “a varíola dos macacos não foi anteriormente descrita como uma infecção sexualmente transmissível (IST), embora possa ser transmitida por contato direto durante o sexo”. Isso porque a doença pode ser passada pelos fluídos corporais, ou seja, pelo contato íntimo, o que não quer dizer que ela seja considerada uma IST, já que a relação sexual não é apontada como a via primária de transmissão.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas, embora casos graves já tenham sido relatados.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Ministro Alexandre de Moraes decreta bloqueio de bens móveis e imóveis do deputado federal Daniel Silveira
Estados Unidos recolocam Cuba em lista de países que não colaboram contra o terrorismo
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada