Sábado, 23 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 23 de agosto de 2025
Julgamento realizado nessa sexta-feira (22) em Santa Maria (Região Central do Estado) resultou na condenação de um homem a 13 anos e meio de prisão em regime inicialmente fechado, pelo assassinato de um adolescente no portão de uma escola estadual. O crime foi cometido na tarde de 10 de abril 2017, quando o executor tinha 19 anos e a vítima 14.
De acordo com denúncia formulada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Gabriel Silveira Medeiros recebeu cinco facadas no abdômen e tórax. O fato causou comoção na cidade e mobilizou diversas instituições para que o autor do ataque fosse responsabilizado.
O cálculo da sentença levou em conta a acusação de homicídio qualificado pelo agravante de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A Justiça não decretou a execução imediata da pena, mas a promotora Tayse Bielecki Yamanaka, que atuou em plenário no Tribunal, interpôs recurso oral durante a sessão plenária para que o réu já comece a cumprir a pena.
Ela destacou a importância da condenação diante o impacto do crime: “A escola deve ser um local seguro para nossas crianças e adolescentes. É inadmissível que os pais deixem seus filhos na escola e os recebam em um caixão. A condenação do indivíduo que matou Gabriel trouxe justiça à sociedade de Santa Maria.”
Motivação
O site do MPRS não apresenta mais detalhes sobre o crime, mas registros na imprensa relatam o ocorrido. Gabriel era filho único e aluno novo na Escola Estadual Santa Marta, no bairro de mesmo mome, onde cursava a 7ª série do Ensino Fundamental.
Ele já estava no pátio de entrada quando foi chamado até o lado de fora pelo jovem (que não estudava na instituição). Houve um rápico bate-boca, o menor acabou golpeado no tórax e não resistiu aos ferimentos, tendo o óbito constatado ao ser conduzido por ambulância pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a uma unidade de pronto-atendimento (UPA).
O incidente foi registrado por uma câmera de monitoramento na área externa do colégio. Confuso, o aluno ferido chegou a retornar para a escola, onde cruzou com colegas em um corredor do prédio, até tombar no interior de uma das salas.
A investigação apontou ciúme como motivação, pois a vítima havia sido vista na saída da aula com uma aluna com quem o assassino mantinha relacionamento. Este último fugiu do local mas foi identificado e capturado dias depois, confessando a autoria, alegando não ter premeditado o ataque.
Ele chegou a ser preso, mas uma decisão judicial proferida cinco meses depois permitiu que respondesse ao processo em liberadade, mediante o cumprimento de medidas cautelares, benefício que revoltou familiares, amigos, colegas e outros membros de comunidade.
(Marcello Campos)
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