Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de setembro de 2023
As autoridades italianas autorizaram o envio, para o Brasil, das imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Fiumicino, em Roma, que registram o momento no qual o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família, teriam sido hostilizados por outros brasileiros.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (1º), o Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que as mídias disponibilizadas pelas autoridades italianas já foram despachadas e devem estar à disposição nos próximos dias.
Na última quarta-feira (30), o ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) esperava receber os vídeos das supostas agressões a Moraes até esta sexta-feira. A Senajus é a instância do ministério responsável pelos pedidos de cooperação jurídica internacional.
“A informação que eu tenho, obtida há meia hora, é de que até sexta-feira essas imagens serão efetivamente enviadas à Senajus, que é o órgão de cooperação jurídica internacional, e entregues à Polícia Federal”, disse Dino.
Versões diferentes
No dia 14 de julho, o ministro do Supremo teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Os envolvidos são quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.
Na ocasião, Andréa teria se aproximado do ministro e o chamado de “bandido, comunista e comprado”. Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.
Moraes e sua família iam de Siena, na Itália, em direção a outra cidade europeia. O ministro do Supremo foi à Itália proferir uma palestra no Fórum Internacional de Direito, evento promovido pela Alfa Escola de Direito e pela Unialfa, duas instituições de ensino do Estado de Goiás. O espaço físico do evento foi a Universidade de Siena, na Toscana.
Um dos envolvidos, o empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, admitiu em depoimento que houve um “entrevero” com a família do ministro, e que teria “afastado” o filho de Moraes, que também se chama Alexandre.
Já Alexandre de Moraes e sua família relataram, em depoimento, que Roberto Mantovani Filho teria dado um tapa no rosto do filho do ministro, de 27 anos, a ponto de fazer seus óculos caírem.
Conforme os depoimentos de Moraes e de familiares, as agressões começaram com a mulher de Mantovani, Andréa Munarão, agredindo verbalmente Moraes quando ele acessava uma das salas VIP do aeroporto. Dentro do lounge, ela passou a gravar Moraes com o celular enquanto o acusava de ter “fraudado as urnas e roubado as eleições”.