Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025

Home Brasil Avaliação positiva da atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta, recuou 13 pontos percentuais entre seus colegas de Casa nos últimos seis meses

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Dados de uma nova pesquisa Genial/Quaest sobre como pensam os deputados federais, mostram que a avaliação positiva da atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou 13 pontos percentuais nos últimos seis meses entre seus pares. Em junho, o índice era de 68%, mas agora está em 55%. O levantamento também mostra que o maior declínio no apoio ao parlamentar aconteceu entre deputados governistas, cujo percentual passou de 77% para 44% no mesmo período.

O recuo na avaliação positiva de Motta também se repetiu entre deputados que se declaram independentes (de 82% para 70%). Já na oposição, o resultado ficou estável, oscilando positivamente de 47% para 49%.

A percepção expressa pelos parlamentares, ouvidos ao longo das últimas duas semanas, coincide com as movimentações de Motta no comando da Casa. Em um aceno à base bolsonarista, ele pautou na última terça-feira o PL da Dosimetria, que prevê a redução das penas dos envolvidos no 8 de Janeiro e tende a beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre pena por envolvimento na trama golpista.

No dia seguinte, Motta também pautou a cassação dos mandatos tanto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que acabou apenas suspenso por seis meses, quanto da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que teve o cargo mantido por decisão do plenário na Câmara. Na quinta-feira, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a perda do mandato da deputada, que está presa na Itália por fugir do Brasil após a condenação pela invasão hacker do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Segurança (CNJ).

Antes, Motta também afirmou ter rompido com o líder do PT na Casa, deputado Lindbergh Farias (RJ). A relação entre os dois foi desgastada após atritos recentes, como a tensão em torno do PL Antifacção, cuja relatoria Motta entregou à oposição. O atrito entre os dois também foi retomado nesta semana, quando o petista disse que o adversário “está perdendo as condições de presidir a Câmara” depois da retirada de Glauber Braga à força da cadeira da presidência, na véspera da análise de sua cassação pelo plenário.

O levantamento também mostrou que a relação entre a Câmara e o governo segue sendo avaliada negativamente por 50% dos deputados (eram 51% em junho). A má percepção, no entanto, recuou entre os independentes (65% para 44%) e deputados de centro (40% para 33%).

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi descrita como a interlocutora mais efetiva no governo, na opinião de 21% dos deputados, seguida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, antecessor dela no cargo. Em junho, Gleisi era apontada por 12% como a principal interlocutora e Padilha, por 9%.

No entanto, 29% responderam que a relação entre o governo e a Casa tem sido melhor conduzida por “outros”, 14% disseram não ter interlocutor e 18% não souberam ou não responderam. A pesquisa também testou a popularidade dos ministros e mostrou que os mais rejeitados são os titulares da Casa Civil, Rui Costa (43%), e da Fazenda, Fernando Haddad (42%).

Questionados sobre a disputa eleitoral de 2026, 43% disseram que o presidente Lula deve ser o favorito nas urnas, enquanto 42% apostam na oposição. A divisão na Casa também se repetiu na percepção sobre a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro no pleito do próximo ano: 42% afirmam que é possível a direita eleger um candidato sem o apoio do ex-mandatário, e outros 42% pensam o contrário.

Pautas em discussão

Os deputados também foram questionados sobre as pautas propostas pelo governo. A maioria se colocou favorável a proposições como a legislação que regula o trabalho em aplicativos (66%), a tarifa zero (60%) e a segunda parte da reforma tributária (60%). Ao serem perguntados sobre os caminhos para atingir a meta fiscal, 90% defenderam tanto a redução dos gastos com super-salários no setor público quanto o aumento da taxação das bets. O Globo.

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