Quarta-feira, 09 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 11 de março de 2022
O banco britânico Barclays suspendeu temporariamente a conta bancária e os cartões de crédito do Chelsea em meio às sanções impostas ao dono do clube, o bilionário russo Roman Abramovich. O clube recebeu uma licença especial para operar apesar de o governo britânico ter congelado os ativos de seu proprietário.
Segundo a BBC, os bancos querem avaliar os critérios de licença para garantir que não viole as sanções do governo. O Chelsea não sabe quando a suspensão será levantada. Abramovich é acusado de ser um dos oligarcas ligados ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, em meio à invasão russa na Ucrânia, que já dura 16 dias.
Como parte dos termos da licença, concedida pelo governo do Reino Unido na quinta-feira (10), o Chelsea não pode receber dinheiro por ingressos de jogos que ainda não tenham sido vendidos, recibos futuros para jogos da FA Cup ou mercadorias da loja do clube.
O congelamento impactou diretamente no processo de venda dos Blues, que teve de ser paralisado. Segundo o ministro da tecnologia britânico, Chris Philp, apesar das sanções, o caminho está aberto para que interessados façam propostas.
O clube também não pode mais oferecer novos contratos nem fazer transferências. A medida deve provocar um déficit na folha salarial dos Blues, estimada em 28 milhões de libras por mês.
O Chelsea apelou ao governo para que altere os critérios estabelecidos, a fim de conseguir receber dinheiro pela venda de ingressos.
Como consequência das sanções, os Blues viram a empresa de telefonia móvel Three, sua principal patrocinadora, suspender o contrato. A companhia chegou a pedir que o Chelsea retirasse sua logomarca já na partida contra o Norwich, na quinta-feira, mas a equipe entrou em campo estampando-a normalmente — venceu por 3 a 1, fora de casa. Outros patrocinadores podem seguir o mesmo caminho, mas a saída da Three representa a perda de uma receita de 40 milhões de libras anuais.
A invasão à Ucrânia fez com que os milionários russos virassem alvo de pressão política e de um pacote de sanções por parte de governos europeus e dos Estados Unidos. No futebol, os impactos começaram a ser sentidos.
O Everton, também da Premier League, comunicou o rompimento de todos os contratos com Alisher Usmanov, homem próximo de Putin e dono da holding que é uma das principais patrocinadoras do clube.
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