Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025

Home Economia Banco Central mantém a taxa básica de juros em 15%

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu nesta quarta-feira (10) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão, que foi unânime, representa a quarta manutenção consecutiva do índice.

No comunicado, o Copom afirma que “entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, conclui o texto.

A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.

A decisão confirmou as expectativas da maioria dos economistas do mercado financeiro ouvidos pelo BC, que deixaram de acreditar inclusive que o início do processo de corte da taxa básica de juros aconteça em janeiro.

Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic.

Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos.

Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027.

Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,40%, 4,16%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.

O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.

A explicação é que, com um ritmo menor de crescimento, há menos pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços. Na ata da última reunião do Copom, divulgada em 11 de novembro, o BC informou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.

“A atividade econômica doméstica manteve trajetória de moderação no crescimento, reforçando a interpretação do cenário delineado pelo Comitê estar, até agora, se concretizando. Os dados mais recentes corroboram, em geral, o prosseguimento de uma redução gradual de crescimento, ainda que, em momentos de inflexão no ciclo econômico, seja natural observar sinais mistos advindos de indicadores econômicos ou alguma diferença entre as expectativas e as divulgações”, informou o Banco Central.

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