Domingo, 28 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 27 de setembro de 2025
O Banco Mundial anunciou que mobilizará US$ 4 bilhões em apoio à Argentina nos próximos meses, em um novo respaldo internacional à agenda de reformas macroeconômicas do presidente argentino, Javier Milei.
O pacote segue semanas de intensa volatilidade nos mercados argentinos, após a derrota do partido de Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires.
O resultado impulsionou o dólar para além do teto do regime de banda cambial móvel atualmente em vigor, mas o movimento se reverteu na última segunda-feira (22), após o Tesouro americano sinalizar apoio a um plano de estabilização da Argentina.
De acordo com o Banco Mundial, o novo financiamento é um avanço de um pacote de US$ 12 bilhões anunciados em abril.
Em comunicado, a instituição destaca “forte confiança” nos esforços do governo Milei para modernizar a economia, atrair investimentos externos e gerar empregos. Os recursos serão compostos por uma combinação de dinheiro público e privado.
“O pacote terá como alvo os principais motores da competitividade: desbloquear a mineração e minerais essenciais; impulsionar o turismo como fonte de empregos e desenvolvimento local; expandir o acesso à energia; e fortalecer as cadeias de suprimentos e o financiamento das PMEs”, destacou
Pobreza cai
Em um dado positivo para a Casa Rosada, a pobreza na Argentina atingiu 31,6% no primeiro semestre de 2025, uma queda de mais de 20 pontos em relação ao mesmo período de 2024, durante o período mais intenso do programa de ajuste de Javier Milei,
Os dados divulgados na última quinta-feira (25) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos) apontam que há cerca de 15 milhões de pessoas em situação de pobreza e 3,4 milhões em extrema pobreza em todo o país.
Este é o primeiro dado do ano e atualiza o valor de 38,1% registrado no semestre anterior. A série histórica também mostra que a pobreza era de 52,9% no primeiro semestre do ano passado, período influenciado pela forte desvalorização do peso argentino no início do mandato do presidente.
No primeiro semestre de 2023, ainda durante o governo de Alberto Fernández, esse percentual era de 40,1%.
O percentual de lares na pobreza é de 24,1% no primeiro semestre, ante 42,5% no mesmo período de 2024 e mais próximo dos 29,6% do primeiro semestre de 2023. (Com informações de O Estado de S. Paulo e da Folha de S.Paulo)