Terça-feira, 04 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de junho de 2023
Após ter sido chamada de “louca” pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi às redes para responder o ex-ministro de Jair Bolsonaro. Em tuíte publicado nessa quinta-feira (15), a bolsonarista afirmou que Nogueira não tem moral para criticá-la.
“Helicóptero do Cerrado não tem moral para falar de ninguém. Foi o pior ministro do Governo Bolsonaro e vem criticar o melhor deles, tudo isso pra apagar o bem que falou do Bolsonaro e tentar mais espaço no desgoverno Lula. Não tem só duas caras, tem ausência de ética também”, escreveu a parlamentar.
O apelido Helicóptero do Cerrado faz menção aos apelidos (“helicóptero” e “cerrado”) que teria recebido em suposta planilha de propinas da Odebrecht. Em 2016, o executivo Benedicto Júnior, conhecido como “diretor do departamento de propina”, entregou em delação premiada uma suposta relação com 200 apelidos de políticos. A listagem teria sido montada para que funcionários do “baixo clero” não soubessem o destinatário do dinheiro.
Em entrevista à Folha de São Paulo publicada nessa quinta, Ciro Nogueira foi questionado sobre o que teria provocado a derrota do ex-presidente nas urnas. Ao responder, o senador disse que ocorreram “alguns erros”. Entre eles, os “loucos” Roberto Jefferson e Carla Zambelli. O ex-ministro se referiu ao episódio em que o ex-deputado reagiu a uma ordem de prisão com granadas e a bolsonarista perseguiu um homem negro com uma pistola.
Durante a entrevista, Nogueira também declarou que a direita perdeu tempo questionando o sistema eleitoral brasileiro, o que teria prejudicado Bolsonaro nas eleições. Entretanto, defendeu que o ex-presidente não afirmou que houve fraude.
“Você tem o direito de questionar qualquer situação, não vejo problema nenhum. Confio plenamente no sistema eleitoral brasileiro, mas não significa que ele não possa ser fraudado. Bolsonaro questionou se haveria votos auditáveis e tudo o mais. Mas eu não vi o presidente dizer que houve fraude”, disse.
Ao ser perguntado se os questionamentos sobre as urnas teria levado aos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, Nogueira rebateu, afirmando que o grande culpado foi a inoperância das forças que deveriam proteger os palácios, e apontou que Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), teria aberto as portas “para os baderneiros entrarem”.
O senador negou ter ciência da minuta golpista encontrada com Anderson Torres e das mensagens no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: “Ele que explique o que está no celular dele, qual a participação dele”.
Nogueira também afirmou que o ex-presidente “é um homem de bem, um homem sério e um homem simples”, e que tentativas de macular sua imagem não irão funcionar.