Segunda-feira, 05 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 4 de maio de 2025
Ben Affleck é uma das figuras mais midiáticas de Hollywood. Não só por causa de seu prolífico empenho na indústria cinematográfica, mas também pela agitada vida amorosa – mais recentemente, a respeito do divórcio com a cantora e atriz Jennifer Lopez. Nos últimos anos, o ator americano de 52 anos (que venceu em 1998 o Oscar de melhor roteiro original com Matt Damon pelo clássico Gênio Indomável) falou algumas vezes que a exposição de sua vida privada o afetou negativamente.
Mas, independentemente dos tabloides, Ben Affleck afirma ao Estadão que “só quer fazer um bom filme”, em entrevista para divulgar seu mais novo longa de ação, O Contador 2. A produção chega aos cinemas oito anos após o primeiro longa obter um sucesso além do esperado nas bilheterias, arrecadando mais de US$ 155 milhões.
“Não sou adepto de tentar fazer uma franquia. Só quero fazer um bom filme. Então nós fizemos (o primeiro filme) e, após lançá-lo, recebi muitos feedbacks, ouvi muitos comentários sobre como ele havia sido compreendido e pensei que seria ótimo revisitar isso”, conta.
O ator dá vida a Christian Wolff, excêntrico contador que sofre de uma rara condição que limita suas habilidades sociais e amplia sua capacidade cognitiva. “É preciso abordar isso do ponto de vista da credibilidade versus quanto o público vai se identificar comigo, ou o quão querido serei”, diz Affleck. “Tentei tornar acessíveis as vulnerabilidades do personagem porque isso nos ajuda a ter empatia com as pessoas nas histórias a que assistimos.”
Ao longo da carreira, Affleck transitou entre blockbusters – Batman vs Superman (2016), sob o traje do homem-morcego, além de Armageddon (1998) e Demolidor (2003) – e obras mais prestigiadas, como Garota Exemplar (2014) e Argo (2012), que ele dirigiu, produziu e no qual também atuou, vencendo o Oscar de melhor filme. Nos últimos cinco anos, foi elogiado por longas como Air: A História por Trás do Logo (2023), Bar Doce Lar (2021) e O Caminho de Volta (2020). Mas recebeu críticas pelos fracassados Hypnotic – Ameaça Invisível (2023), Águas Profundas (2022) e O Último Duelo (2021).
Em O Contador 2, Affleck se une ao diretor Gavin O’Connor pela terceira vez. “Acho que Ben e eu temos uma sensibilidade parecida para contar histórias. Confiamos um no outro e temos uma ética de trabalho semelhante”, analisa o cineasta de 61 anos.
O ator Jon Bernthal, de 48 anos, também retorna para viver Braxton, o irmão descontraído de Christian. Ele falou sobre o bom entrosamento com o parceiro de tela. “Já éramos amigos antes das gravações. Ele é alguém que eu respeito e admiro profundamente”, afirma.
Bernthal integrou séries pop como The Walking Dead e O Justiceiro, mas também longas premiados: O Lobo de Wall Street (2013) e King Richard (2021), entre outros. “Você precisa ser capaz de fazer todo tipo de projeto nos dias de hoje. Sou grato por poder fazer tudo isso, fazer o que amo e sustentar a minha família”, resume ele, que no ano passado ganhou um Emmy por sua participação na série O Urso.
Na nova sequência, o protagonista e seus aliados perseguem uma rede de tráfico humano que opera na fronteira dos EUA. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), entre 2020 e 2023, mais de 200 mil pessoas foram vítimas da prática criminosa. “É o crime número um no planeta Terra. Há mais escravidão hoje do que nunca antes na história. Como cineasta, eu procuro lançar luz sobre assuntos de que as pessoas deveriam estar falando. Se isso salvar a vida de uma pessoa, para mim, já vale a pena”, afirma Gavin O’Connor.
O realizador ainda confirmou que uma terceira parte da saga está nos planos. “Deveriam ser três. A segunda era para juntar os dois irmãos para que tentassem resolver os seus problemas. E então o terceiro seria Christian encontrando o amor, uma conexão”, explica.
Complementam o elenco Daniella Pineda (Jurassic World), estreante na franquia, e Cynthia Addai-Robinson (O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder), que agora ganha mais espaço na pele de Marybeth Medina, agente do Departamento do Tesouro. As duas atrizes reconhecem que interpretam mulheres complexas e com forte personalidade – sinal de mudança em Hollywood.
“Quando nós, mulheres, temos a oportunidade de brilhar, é claro que o público está ávido por isso. Quero mais disso na minha vida”, afirma Cynthia. “Isso está mudando, graças a Deus”, acrescenta Daniella, antes de reclamar da falta de protagonismo feminino.
“Homens conseguem franquias, né? Jason Statham é a escolha sólida, mas sempre há uma mulher diferente. James Bond continua sempre lá, mas as mulheres vão sendo trocadas, são apenas um acessório. Eu gostaria de ver mais mulheres ganhando franquias.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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