Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de dezembro de 2025
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou 2025 com alta de 34,1%, aos 161.127,44 pontos. O número representa a maior alta para o índice desde de 2016, quando o indicador subiu 38,9%. Segundo Guilherme Falcão, sócio da One Investimentos, a entrada de capital estrangeiro, ao patamar de 26 bilhões de reais líquidos em 2025, foi um dos fatores para o bom desempenho desse ano.
A entrada nesse volume se deu em meio ao tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, e ao corte de juros pelo Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve. Os dois fatos geraram uma migração de capital dos Estados Unidos para países emergentes, entre eles o Brasil.
Falcão reforça que em 2025 houve a criação de novas cotas do Exchange Traded Fund (ETF) do EWZ, principal índice acionário brasileiro listado na Bolsa americana. “Esse foi o veículo utilizado pelo investidor dos EUA para acessar o mercado brasileiro”, diz o sócio da One Investimentos.
Ele destaca ainda o desempenho de ações de utilidades públicas em 2025 e o setor bancário, mostraram que mesmo aportando em renda variável, o investidor manteve-se cauteloso.
Olhando somente para último pregão de 2025, o Ibovespa fechou na terça-feira (30), em alta de 0,40%. O último dia de negociação na Bolsa do ano foi recheado por dados do mercado trabalho brasileiro e pela ata do Banco Central americano, o Federal Reserve (Fed).
No cenário local, a taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro. O número ficou abaixo do esperado do mercado, que estima uma taxa de desemprego em 5,4%.
O dado atual representa o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. A Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, visitados a cada trimestre. Em novembro, ao todo, havia 5,644 milhões de pessoas em busca de emprego, o menor contingente já registrado pela pesquisa.
A queda do desemprego veio acompanhada de novos recordes de ocupação. O país chegou a 103,2 milhões de pessoas ocupadas, elevando o nível de ocupação para 59,0% da população de 14 anos ou mais, também o maior da série. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, a manutenção do emprego em patamar elevado ao longo de 2025 reduziu significativamente a pressão por busca de trabalho e sustentou a queda da desocupação.
Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), também divulgado nesta terça-feira, mostrou que o país criou 85.864 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, completando os onze meses do ano com as contratações no positivo. A cifra ficou acima do esperado, visto que o mercado aguardava 79.120 novas vagas.
O saldo é resultado de 1.979.902 admissões e 1.894.038 desligamentos no mês. Trata-se do resultado mais fraco para um mês de novembro desde 2020, ano em que teve início a nova série metodológica do Caged. De toda forma, com mais um avanço mensal, o número total de brasileiros trabalhando com registro pela CLT segue aumentado: 49,09 milhões de pessoas tinham registro em carteira em novembro, ante 49 milhões em outubro e 47,5 milhões em novembro do ano passado. (Com informações da revista Veja)