Terça-feira, 13 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de setembro de 2023
O dólar fechou em alta nessa segunda-feira (25), em uma semana que começou com uma maior aversão aos riscos em nível global. Já o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou em queda.
A cautela dos investidores vem depois de o setor imobiliário da China dar sinais de novos problemas em meio a uma crise financeira. Além disso, o tom do último comunicado do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sinalizou que pode continuar com taxas de juros altas por mais tempo, também pesou sobre os negócios.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana subiu 0,69%, cotada a R$ 4,9662. Com o resultado, a moeda passou a acumular altas de 0,69% na semana e de 0,33% no mês e queda de 5,91% no ano.
Já o Ibovespa recuou 0,07%, aos 115.925 pontos. Com o resultado mais recente, a Bolsa brasileira passou a acumular queda de 0,07% na semana e altas de 0,16% no mês e de 5,64% no ano.
Mercados
O dia foi marcado por um sentimento de pessimismo generalizado nos mercados, após novas notícias negativas sobre o setor imobiliário chinês. O segmento enfrenta uma crise financeira há cerca de dois anos, desde que a gigante do setor, Evergrande, teve seus primeiros problemas de liquidez.
No fim da semana passada, a incorporadora anunciou o cancelamento de um plano de reestruturação da sua dívida de cerca de US$ 35 bilhões. Depois, no domingo (24), a empresa informou que está impossibilitada de emitir novos títulos de dívidas, que são usados para financiar parte de seus pagamentos.
Essa situação fez as ações da companhia despencarem mais de 20% e os mercados asiáticos fecharam em baixa. Os impactos também foram sentidos nos negócios em outros continentes.
O setor imobiliário chinês é um dos mais importantes para a economia do País e responde por uma enorme parcela da demanda por diversos produtos, como o minério de ferro. Assim, a crise nas incorporadoras – além de impactar toda a economia chinesa – também é prejudicial para os principais parceiros comerciais da China, como o Brasil, que podem passar a exportar menos.
Além disso, o começo da semana também continuou a sentir a influência da decisão de política monetária nos Estados Unidos, anunciada na última quarta-feira (20).
O Fed (Banco Central americano) optou por manter suas taxas de juros inalteradas, entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em mais de duas décadas. No entanto, mesmo com a interrupção das altas, o comunicado da instituição já mostrou que nem todos os dirigentes concordavam com a decisão e que, a depender dos próximos dados de inflação, novos aumentos das taxas podem vir pela frente.
Além disso, o BC norte-americano ainda sinalizou que os juros devem continuar em patamares elevados por vários meses, para conter a pressão inflacionária.
As taxas elevadas também dificultam o processo de queda de juros em outros lugares, como a Europa.
No Brasil, o dia foi de agenda fraca, com destaque apenas para o Boletim Focus. Na edição mais recente, o relatório apresentou uma alta leve nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, de 2,89% para 2,92%. Para 2024, as estimativas seguem em alta de 1,5% da economia. Em contrapartida, para 2025, houve queda de 1,95% para 1,90%.
Importante ressaltar que os próximos dias serão de agenda cheia, o que deve movimentar os mercados. Por aqui, o Banco Central do Brasil (BC) divulga nesta terça (25), a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – que reduziu a Selic, taxa básica de juros, de 13,25% para 12,75% ao ano.
Também nesta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, indicador considerado a prévia oficial da inflação cheia do mês. Nesta quinta, o BC divulga seu Relatório Trimestral de Inflação.
No Ar: Pampa Na Madrugada