Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home Economia Bolsa revisa números sobre fluxo estrangeiro; saldo de 71 bilhões de reais vira perda de 7,2 bilhões de reais em 2021

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A B3, Bolsa de Valores brasileira, anunciou a revisão dos dados de fluxo estrangeiro no mercado acionário local nos anos de 2020 e 2021. Além disso, a Bolsa fez uma alteração na metodologia de cálculo dos volumes desses investidores nas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) e ofertas subsequentes (“follow-ons”).

No início de abril, a B3 havia alertado para erros na metodologia de análise dos dados. Na ocasião, foi anunciado a revisão do fluxo de recursos estrangeiros na Bolsa este ano, que passaram de R$ 91,1 bilhões para R$ 64,1 bilhões, até abril, queda de cerca de 30%.

De acordo com os números informados, o fluxo de investidores estrangeiros em 2021, que antes indicava saldo positivo de R$ 70,8 bilhões, foi revisado para um resgate líquido de R$ 7,2 bilhões.

Em 2020, o volume de saques foi negativo em R$ 39,7 bilhões ante os R$ 31,8 bilhões divulgados anteriormente pela B3.

Segundo a empresa, os dados que vinham sendo informados desde outubro de 2020 incluíam operações de empréstimos de ações feitas via tela, quando o serviço passou a ser oferecido pela Bolsa. No entanto, esse tipo de operação não tem fluxo financeiro de compra e venda, sendo apenas um empréstimo.

No entanto, já ocorre um movimento de retirada desde o início de abril, que levou a uma piora do desempenho do Ibovespa, principal índice da Bolsa. Em maio, por exemplo, esse investidor sacou R$ 12,60 bilhões.

A entrada de recursos foi um dos fatores que permitiu com que o dólar voltasse a operar em patamares abaixo dos R$ 5 e que a Bolsa tivesse um desempenho melhor que seus pares globais.

IPOs e follow-ons

Além da revisão dos dados, a B3 também anunciou uma mudança na metodologia para o cálculo dos dados de participação de investidores estrangeiros via IPOs e follows-on, como são chamadas as ofertas subsequentes de empresas já listadas.

Na metodologia anterior, a Bolsa usava as informações dos anúncios de encerramento das ofertas pelos emissores, que têm prazo legal de até seis meses para serem concluídos.

Com a mudança, serão considerados os dados de liquidações das operações realizadas no mercado primário nos sistemas da B3, com a defasagem sendo reduzida para dois dias.

“O ajuste oferece maior tempestividade ao dado, reduz a chance de inconsistências no preenchimento das informações e, por ter a mesma metodologia de classificação usada no mercado secundário, permite a conciliação entre os dados de negociação desses investidores nos diferentes mercados”, destacou a B3.

Após a alteração, os dados de participação de estrangeiros em IPOs passaram de R$ 3 bilhões para R$ 3,7 bilhões em 2022, até abril.

Já em 2021, o número passou de R$ 31,6 bilhões para R$ 48,7 bilhões e, em 2020, de R$ 29,2 bilhões para R$ 40,36 bilhões.

Dessa forma, o saldo não residente total de 2022 foi revisado de R$ 94,2 bilhões para R$ 67,8 bilhões. O de 2021 saiu de R$ 102,3 bilhões para R$ 41,5 bilhões, e o de 2020 foi de R$ 2,6 bilhões negativos para R$ 0,7 bilhões no consolidado.

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