Domingo, 07 de Setembro de 2025

Home Política Bolsonaristas usam o 7 de Setembro para tentar mostrar apoio popular à anistia

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltam às ruas neste 7 de Setembro, em manifestações por anistia para os acusados e condenados nos atos golpistas de 8 de Janeiro e os réus nas ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). As manifestações ocorrem em meio ao julgamento de Bolsonaro no STF por tentativa de golpe e ao avanço, no Congresso, da pauta que pode beneficiar os réus dos processos criminais.

Com o lema “Reaja Brasil: o medo acabou”, a mobilização será descentralizada nas capitais pela manhã e finalizada, à tarde, em um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Para aliados do ex-presidente, o avanço das negociações pela anistia na Câmara deu novo fôlego aos atos, que agora miram ampliar o alcance da proposta para incluir o ex-presidente, os réus da ação penal e os condenados pelo 8 de Janeiro.

Em prisão domiciliar, Bolsonaro ficará de fora das manifestações pela segunda vez. No último mês, o ex-presidente não pôde participar devido às medidas cautelares impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que determinava recolhimento domiciliar nos fins de semana.

Aliados que visitaram Bolsonaro no período relataram preocupação do ex-presidente com a mobilização do público, que chegou a 37,6 mil apoiadores, segundo estimativa do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Cebrap e da USP.

Diferentemente do último ato na Avenida Paulista, marcado pela ausência de governadores de direita, a manifestação deste domingo vai contar com a presença dos principais chefes dos Executivos estaduais que estão alinhados com ex-presidente. Desta vez, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que passou por um procedimento médico no dia do evento anterior, estará presente e deverá discursar. Durante a semana, ele esteve em Brasília articulando o avanço da anistia no Congresso. Como mostrou o Estadão, Tarcísio defende que a anistia seja ampla, incluindo Bolsonaro.

“Geral”

Para o pastor Silas Malafaia, o ato servirá para defender a ampliação do texto e incluir o ex-presidente entre os beneficiados. Segundo ele, a limitação do escopo da anistia “é pura perseguição política e narrativa para pressionar parlamentares”. “Não há combinação de discurso, nunca houve.

Isso aí cada um fala o que quer, porque é maior de idade, cada um é responsável pelo que fala. Mas vai se falar em anistia geral para todos e sobre esse inquérito, ou melhor, um teatro que já está condenando o Bolsonaro”, afirmou Malafaia.

O próprio Malafaia, no entanto, também é alvo de investigação. Ele é investigado no inquérito que apura suspeita de articulação com Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para coagir o Supremo por meio de autoridades americanas, na tentativa de interferir na ação penal do golpe.

Além de Tarcísio, estarão presentes os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), afirmou que não comparecerá ao ato, e que cumprirá agenda em Curitiba. Neste domingo, a mobilização em São Paulo contará com discurso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que esteve em Belém, região onde articula palanques para as eleições de 2026.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que participará do ato no Rio, e não confirmou presença na manifestação em São Paulo. Os vereadores Carlos Bolsonaro (PL), do Rio, e Jair Renan (PL), de Balneário Camboriú, não responderam se irão ao ato na capital paulista.

Apesar de avaliarem que a dispersão dos atos diminuirá o número de políticos em São Paulo, bolsonaristas acreditam que a manifestação em meio ao julgamento do ex-presidente ampliará a mobilização dos apoiadores.

Nesta semana, o Supremo deu início ao julgamento do núcleo central da trama golpista. As primeiras sessões foram dedicadas à leitura do relatório de Moraes, às acusações do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e às sustentações orais das defesas dos réus.

Moraes pediu sessões extras, na quinta-feira, para o julgamento, e o ministro Cristiano Zanin atendeu à solicitação. Já havia sessões marcadas para terça, quarta e sexta-feira. Na próxima semana, os ministros da Primeira Turma apresentarão seus votos, e o resultado deve ser proclamado na sexta. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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