Sexta-feira, 16 de Maio de 2025

Home Política Bolsonaro diz que ser presidente é “terrível”: “Problemas de domingo a domingo”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não deseja o cargo de presidente da República “nem ao próprio inimigo”. “Realmente é uma vida terrível, você tem problema de domingo a domingo”, comentou.

De acordo com Bolsonaro, ele não esperava assumir a Presidência em 2019. “Vim candidato porque pensei ‘chega, 22 anos de deputado, vou cuidar da minha vida’, e acabei me elegendo. Até falei ‘meu Deus, qual foi o meu pecado para ser presidente?’”, apontou em entrevista ao UOL na quarta-feira (14).

A gestão de Bolsonaro esteve envolvida em uma série de polêmicas ao longo dos quatro anos de mandato. Durante a pandemia, houve escândalos envolvendo compra de vacina contra a covid-19, além de declarações anticiência. O então presidente chegou a sugerir que a vacina poderia transformar as pessoas em jacaré.

Além disso, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no segundo ano de governo de Bolsonaro, o desmatamento alcançou 47 mil km² na Amazônia e chegou a ser 60% maior do que o registrado nos quatro anos do governo anterior (chapa Dilma e Temer).

Um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) constatou que 29,2 milhões de brasileiros estavam em condição de fome em 2022. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse foi o maior número dos últimos 11 anos até então.

Bolsonaro tentou manter-se no poder contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições presidenciais e foi derrotado. Atualmente, ele é réu por tentativa de golpe de Estado.

Anistia

O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que vai conceder a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, se ele for eleito presidente em 2026.

“Ronaldo Caiado, presidente da República: vou anistiar e começar uma nova história no Brasil”, afirmou o governador, antes de reiterar: “Caiado vai, chegando à presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do País.”

A pauta da anistia é defendida pelo bolsonarismo, que vem organizando várias manifestações em defesa dos condenados no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos antidemocráticos que culminaram na invasão e na depredação da sede dos Três Poderes em Brasília.

Aliados também falam em uma “anistia completa”, incluindo o ex-presidente, os militares e os políticos envolvidos na trama.

No Congresso Nacional, com o texto do PL da Anistia travado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, há um projeto em elaboração sobre atenuação das penas dos presos pelos atos.

Caiado ressaltou ter sido o primeiro apoiador de Bolsonaro a falar sobre anistia, segundo ele, em fevereiro de 2024. “Falei que precisamos sair dessa crise, sair desse debate. Isso já cansou. São 2 anos e 7 meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia”, disse.

Segundo Caiado, ele tem como trunfo a favor de sua pré-candidatura para 2026 o fato de integrar o União Brasil, além de sua trajetória na política, iniciada em 1989, quando concorreu à eleição presidencial pelo extinto PDC. À época, ele teve cerca de 1% dos votos e viu Lula (PT) e Fernando Collor disputarem o 2º turno.

Ronaldo Caiado lançou sua pré-candidatura à Presidência da República no início de abril. Desde então, aparou arestas com o ex-presidente Jair Bolsonaro e vem participando de atos pela anistia realizados pelos bolsonaristas. Ele tenta viabilizar apoio a sua candidatura, em meio a uma disputa dentro do União Brasil.

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