Sábado, 05 de Outubro de 2024

Home Política Bolsonaro em Juiz de Fora: O sistema não me quer preso, mas morto

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Seis anos após a facada nas eleições de 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro retornou a Juiz de Fora, em Minas Gerais, na sexta-feira (6), para comemorar o que apelidou de “aniversário do renascimento”. Em meio as eleições municipais, Bolsonaro se emocionou ao participar de uma tradicional motocarreata que saiu da zona sul do município, em destino a zona central. Além de apoiadores, estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal mineiro Maurício do Vôlei.

Em diversos momentos, apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buzinaram e gritaram gritos de apoio ao adversário. As interações estressavam os presentes, que respondiam com complementos como “na cadeia”.

Bolsonaro voltou à esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, ponto em que foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira há exatos seis anos. Esta é a primeira vez que Bolsonaro passou o dia seis de setembro — data da facada — em Juiz de Fora desde 2018.

Em 2022, o então candidato à reeleição fez dois atos na cidade no início de sua campanha, em julho e agosto. Em uma das ocasiões, chegou a visitar o hospital Santa Casa de Misericórdia, onde passou por uma cirurgia de emergência logo após a facada.

Nessa sexta, a carreata seguida de ato foi realizada ao lado de seu candidato a prefeitura de Juiz de Fora, o ex-deputado federal Charlles Evangelista (PL). A cidade atualmente é comandada por Margarida Salomão, cuja reeleição é uma prioridade para o PT.

A prefeita é favorita na disputa de outubro, por já ocupar a cadeira municipal. Em 2022, a cidade localizada próxima à fronteira com o Rio de Janeiro contribuiu para a eleição de Lula (PT). O presidente recebeu a confiança de 56% dos eleitores, enquanto Bolsonaro teve 43,9%.

O ex-presidente chegou a Minas Gerais nesta quinta (5), quando cumpriu agendas ao lado de seus candidatos em Belo Horizonte e nas cidades da região metropolitana, Santa Luzia e Contagem.

De Juiz de Fora, ele seguiu para São Paulo, onde participou de uma manifestação neste sábado (6) onde participou de um ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista. Em seu discurso, Bolsonaro voltou a defender a anistia – como havia feito num ato anterior, em fevereiro – e chamou Moraes de “ditador”.

Também estiveram presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) – candidato à reeleição –, parlamentares e o pastor Silas Malafaia.

Os manifestantes vestiram, em sua maioria, camisas amarelas da Seleção Brasileira e carregaram cartazes em que pedem intervenção militar – o que é inconstitucional – além de críticas ao bloqueio da rede social X, e pediram anistia para os presos dos ataques de 8 de janeiro.

“Devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais daqueles que saem, que rompem, os limites das quatro linhas da nossa Constituição. E eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador”, disse Bolsonaro em discurso a apoiadores no local.

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