Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de junho de 2022
O presidente Jair Bolsonaro deve ter esquecido da lambança política em que se pode transformar uma CPI, especialmente uma que investigue o seu próprio governo, da qual a Petrobras faz parte. Afinal, como advertiu o falecido deputado Ulysses Guimarães, “todos sabem como começa, mas ninguém sabe como termina uma CPI”. Como a da Pandemia, que produziu quase um ano de noticiário negativo. Já houve a CPI da Petrobras no Senado, em 2009, e outra em 2014, que pouco produziram.
Muito familiar
Quando reclama da política de preços e até defende CPI, Bolsonaro tenta a estratégia de descolar-se dos aumentos da Petrobras.
Recordar é viver
A CPMI de 2014, instaurada em julho daquele ano eleitoral, investigou as falcatruas na Petrobras desvendadas pela operação Lava Jato.
Quase pizza
Já a CPI no Senado, em 2009, investigou falcatruas nos contratos do Pré-Sal e também o superfaturamento da refinaria de Abreu e Lima (PE).
Outros tempos
A “estatal” já havia se tornado alvo de uma comissão parlamentar mista de inquérito em 1989, para “investigar a crise financeira da Petrobras”.
Lula não explicou ligação ao contador do ‘PCC’
Para quem foi condenado à prisão por roubar dinheiro público e agora está em campanha para retomar a chave dos cofres do Tesouro Nacional, o ex-presidente Lula precisa explicar suas relações com o contador João Muniz Leite, investigado pela Polícia Civil de São Paulo por lavar dinheiro, muito dinheiro, para o PCC e outros bandidos. Muniz fez a declaração pessoal do ex-presidiário Lula entre 2013 e 2016.
Mesmo endereço
João Muniz Leite tem outra proximidade intrigante com o ex-presidente: segundo a polícia, compartilha o mesmo endereço do vulgo Lulinha.
Tutti buona gente
O contador ligado a Lula e a mulher ganharam 55 vezes em loterias federais em 2021, sendo que um prêmio foi dividido com um traficante.
Olha a ousadia
A Polícia Civil desconfia que, lavando R$16 milhões com ajuda do contador, o “PCC” comprou uma empresa de ônibus em São Paulo.
Números da injustiça
O MDB de Simone Tebet, que tem 1%, no máximo 2%, nas pesquisas para presidente, vai levar R$363 milhões do Fundão Eleitoral. O PL de Bolsonaro, muitas vezes mais forte, vai receber R$288 milhões.
Jorrando lucros
Presidente da Câmara, Arthur Lira vai reunir o colégio de líderes nesta segunda (20) para discutir a taxação dos lucros da Petrobras, empresa que neste momento “está trabalhando para pagar dividendos a fundos”.
Pessoas que causam mal
Em entrevista ao jornalista Wyderlan Araujo, o deputado Davi Davino lavou a alma dos alagoanos afirmando que Renan Calheiros “só fez envergonhar o Estado”, envolvido “em todos os escândalos nacionais”. E exortou: “Alagoas precisa se libertar de pessoas que causam mal”.
Joecessão
Com a queda da Bolsa, a disparada na inflação e nos juros e os preços astronômicos dos combustíveis, a crise nos EUA já foi apelidada de “Joecession”: a recessão do presidente democrata Joe Biden.
Essas pesquisas…
Em 2018, Ibope e Datafolha previam, respectivamente, 12% e 11% das intenções para Wilson Witzel, então candidato do PSC ao governo do estado do Rio de Janeiro. Ele acabou vencedor com 41,3% dos votos.
Não é assim
A deputada estadual Janaina Paschoal não consegue ver qualquer elemento para abertura de CPI para investigar a Petrobras. A instalação sequer seria conveniente “no momento” atual do país, disse.
Fica a dica
O cientista político Paulo Kramer sugeriu que os parlamentares aprovem “com urgência” a privatização fatiada da Petrobras. “Melhor resposta que o Congresso Nacional pode dar ao corporativismo”, disse.
O Japão no Brasil
O navio Kasato Maru atracou em Santos (SP) com os primeiros 781 imigrantes japoneses, completam-se agora 114 anos. Hoje, o Brasil é o lar da maior população de origem japonesa fora do Japão.
Pensando bem…
…o problema de fazer campanha no “estilo” anos 1990, é que hoje existe o print.
PODER SEM PUDOR
Hora de bajular
Nunes Freire era deputado estadual no Maranhão, no dia 1º de abril de 1964, quando apresentou uma moção de apoio às Forças Armadas. As notícias sobre o êxito do golpe ainda eram confusas, e os deputados engavetaram a moção. Dez dias depois, consolidado o golpe militar, retiraram-na da gaveta. Foi a vez de Nunes Freire se manifestar: “No dia 1º, essa moção era uma tomada de posição. Hoje, com a vitória do movimento militar, é uma ridícula bajulação. Sou o autor, retiro-a.” Os outros deputados ficaram com a cara no chão.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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