Quarta-feira, 26 de Novembro de 2025

Home Eleições 22 Bolsonaro evita falar em relatório das Forças Armadas sobre urnas

Compartilhe esta notícia:

Após falar, no dia da votação do primeiro turno, que aguardaria um relatório das Forças Armadas para se posicionar sobre a eficácia das urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) agora disse nesta quarta-feira (19) que não tem auditoria feita pelos militares. Questionado por jornalistas sobre relatório, Bolsonaro ainda rebateu: “Está botando [palavra] na minha boca agora?”

Na noite do dia 2 de outubro, após a definição de que Bolsonaro iria para o segundo turno com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente falou com jornalistas na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada.

Na ocasião, Bolsonaro, questionado sobre como viu o desempenho do sistema eleitoral na votação, disse:

“Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas que ficaram presentes hoje lá na sala cofre. Repito, elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão de transparência eleitoral. Então isso aí fica a cargo do ministro da Defesa”, disse Bolsonaro.

“Sala cofre”

Na mesma entrevista, questionado quando receberia um relatório das Forças sobre as urnas, ele afirmou: “Olha, eles participaram da sala cofre. Devem estar lá até agora. Até o encerramento, vão estar lá. Vai ser feito um relatório pelo Ministrério da Defesa”, disse Bolsonaro na ocasião.

Nesta terça (18), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a Defesa apresente os dados do relatório sobre a votação. A Defesa até agora não entregou material algum.

Bolsonaro foi questionado sobre o tema em entrevista no Palácio da Alvorada. Nesse momento, o presidente negou que haja algum relatório.

“As Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente. A comissão de transparência eleitoral não tem essa atribuição. Então furada, fake news”, respondeu o presidente.

Bolsonaro e as urnas

Bolsonaro vem atacando as urnas eletrônicas com suspeitas infundadas há meses, apesar de já ter admitido que não tem provas contra a segurança e a eficácia do sistema. Autoridades da Justiça e especialistas atestam que as urnas são confiáveis e à prova de invasão externa.

Nos meses que antecederam as eleições, o presidente chegou a mencionar uma eventual apuração paralela dos votos, que seria feita pelas Forças Armadas. A ideia não prosperou, diante do fato de que a Constituição coloca o TSE como autoridade única para a apuração dos votos.

O sistema do TSE é fiscalizado por outros órgãos, como a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e as próprias Forças Armadas, que integram a comissão de transparência eleitoral.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Eleições 22

Em carta a evangélicos, Lula critica uso eleitoral da fé
Museu da Seleção Brasileira na CBF inaugura estátua de Zagallo nesta quinta-feira
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Pampa Na Tarde