Domingo, 25 de Maio de 2025

Home em foco Bolsonaro exonera médico que assinou nota antivacina publicada pelo Ministério da Saúde

Compartilhe esta notícia:

O presidente Jair Bolsonaro exonerou nessa quinta-feira (8) o ex-secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, que assinou uma nota da pasta que dizia que as vacinas contra a covid não tinham eficácia comprovada contra a doença.

A nota técnica foi assinada por Neto e publicada em 21 de janeiro de 2022, quando ainda era secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos. Além de questionar a eficácia das vacinas contra a covid, o texto também dizia que a hidroxicloroquina havia demonstrado segurança como uma tecnologia de saúde para combater a doença.

Menos de um mês após assinar a nota, Neto deixou o cargo para chefiar outra secretaria, dessa vez a de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – da qual foi exonerado nesta quinta.

O motivo da exoneração não foi diculgado

A hidroxicloroquina não é eficaz contra a doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda oficialmente o uso do medicamento para o tratamento ou prevenção do coronavírus.

Além disso, as vacinas contra a covid são internacionalmente reconhecidas como método mais seguro de prevenção contra a doença.

Depois da repercussão negativa, o Ministério da Saúde publicou uma nova nota técnica no site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), sem a tabela que dizia que hidroxicloroquina era segura. A pasta manteve os questionamentos às vacinas e o texto que defendia o medicamento ineficaz.

Meses antes da publicação da nota do ministério, em maio e dezembro de 2021, a Conitec havia aprovado diretrizes que contraindicavam o uso de remédios como a cloroquina, a azitromicina e a ivermectina para prevenir ou tratar a covid. Ambas foram rejeitadas pela secretaria.

Reforço

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação de uma dose de reforço da vacina contra a covid da Pfizer em crianças e adolescentes. Com isso, a terceira dose será incluída na bula dos imunizantes da farmacêutica aprovados para a faixa etária de 5 a 11 anos e de 12 a 17 anos.

“As vacinas contra a covid-19 tem apresentado, de forma geral, o decaimento dos anticorpos com o tempo, justificando a avaliação periódica da necessidade de aplicação de doses de reforço, com o objetivo de manter níveis adequados de anticorpos capazes de neutralizar o vírus causador da doença”, disse a Anvisa, em nota.

A decisão foi tomada na última segunda (5). De acordo com a Anvisa, a dose de reforço poderá ser aplicada em crianças a partir de 5 anos e adolescentes pelo menos seis meses após a segunda dose. Até então, a agência reguladora havia incluído na bula da vacina da Pfizer a aplicação de uma terceira dose do imunizante apenas para maiores de 18 anos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Número de mulheres prefeitas dobrou em 20 anos, mas elas lideram só 12% das prefeituras do País
Após passar pelo Senado, PEC da Transição terá corrida contra o tempo na Câmara dos Deputados
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada