Sábado, 07 de Junho de 2025

Home Política Bolsonaro negou ter conversado com o deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho, ou com autoridades norte-americanas sobre sanções do governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter conversado com o deputado Eduardo Bolsonaro (seu filho), ou com autoridades norte-americanas sobre sanções do governo dos Estados Unidos a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), agentes da Polícia Federal (PF) e membros da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em depoimento à PF, Bolsonaro disse que nunca tratou do assunto. Também negou ter entregado qualquer dossiê ou documento a Eduardo sobre decisões do Supremo.

Ele afirmou que as ações do filho são “independentes e realizadas por conta própria” e negou auxiliar ou determinar “qualquer tipo de ação nos Estados Unidos”. Bolsonaro disse também que Eduardo “não reporta as pessoas com quem se encontra nos Estados Unidos”.

Ao final das perguntas, o ex-presidente pediu para acrescentar que “os Estados Unidos não aplicariam sanções por lobby de terceiros”.

Pix

Bolsonaro confirmou que depositou, em maio, R$ 2 milhões para o filho Eduardo se sustentar nos Estados Unidos, onde promove uma campanha contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Ele negou, contudo, que as sanções que o governo americano estuda aplicar ao magistrado sejam consequência da atuação da família.

“Botei um dinheiro na conta dele. Bastante até. E ele está levando a vida dele. Dinheiro limpo, legal, Pix”, disse o ex-presidente, que alega ser vítima de perseguição.

O deputado licenciado passou a ser investigado pelo STF no dia 26 de maio deste ano. A Procuradoria-Geral da República alegou que o filho de Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, tem buscado do governo americano sanções a integrantes do STF, do Ministério Público e da PF com o “intuito de embaraçar o andamento do julgamento” contra seu pai, réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.

Embora tenha admitido que o trabalho de Eduardo seja denunciar o que bolsonaristas entendem ser abusos do STF no processo, o ex-presidente rechaçou a tese de que o filho seja o responsável por articular punição a Moraes. “Não existe sancionamento de qualquer autoridade, aqui ou no mundo, por lobby, é tudo por fatos. Não adianta ninguém jogar pra cima dele.”

Bolsonaro voltou a dizer que é perseguido pela Justiça brasileira e que Eduardo denuncia violações aos direitos humanos. O deputado licenciado é investigado pelos possíveis crimes de coação no curso do processo penal, obstrução de investigação contra organização criminosa e abolição do estado democrático de direito.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, mencionou no pedido para que Bolsonaro prestasse depoimento que o ex-chefe do Executivo declarou ajudar no sustento do parlamentar. Moraes atendeu à solicitação de Gonet.

Em 2023, Bolsonaro recebeu R$ 17,1 milhões em suas contas por meio de transferências bancárias realizadas por Pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho.

O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse que ele “respondeu a todas as questões” da PF, “deixando claro que, além de nada ter a escamotear, a decisão de permanecer nos EUA foi tomada pelo próprio deputado Eduardo, diante da ameaça evidente de apreensão de seu passaporte, caso regressasse ao Brasil”. (Com informações do Estado de S. Paulo)

 

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