Segunda-feira, 09 de Setembro de 2024

Home Eleições 22 Bolsonaro pede que eleitores permaneçam nas seções eleitorais no 2º turno; lei proíbe aglomeração

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para que seus eleitores permaneçam “na região da seção eleitoral até a apuração do resultado” durante a votação do 2º turno, marcada para o próximo dia 30. A declaração foi dada pelo candidato à reeleição nesta terça-feira (11) em uma agenda de campanha em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

A lei eleitoral proíbe, até o final do horário de votação, a aglomeração de pessoas com roupas padronizadas, portando bandeiras, broches e adesivos, caracterizando uma manifestação coletiva. É permitida somente a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor.

A lista de restrições inclui ainda a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partido e de candidatos, além da propaganda de boca de urna aos eleitores que se dirigem à seção eleitoral.

Ao discursar, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas e se mostrou inconformado com o desempenho do seu oponente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, na reta final das eleições de 2022.

“No próximo dia 30, vamos votar e, mais do que isso, vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado. Tenho certeza que o resultado será aquele que todos nós esperamos, até porque o outro lado não consegue reunir ninguém. Todos nós desconfiamos: como pode aquele cara ter tantos votos, se o povo não está ao lado dele”, afirmou o presidente.

Ao longo dos últimos meses, Bolsonaro tem feito ataques infundados às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. As acusações do presidente já foram desmentidas por autoridades oficiais e especialistas.

Na última semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou que a auditoria feita nas urnas eletrônicas pelos técnicos do órgão no 1º turno não encontrou qualquer divergência nos dados oficiais publicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os auditores avaliaram 560 boletins de urna, comparando o documento impresso pelas urnas e divulgado nas seções eleitorais, ao fim da votação, com os dados daquelas mesmas urnas divulgados pelo TSE. A correspondência, segundo o TCU, foi de 100%.

Integrantes do núcleo da campanha de reeleição de Bolsonaro já o aconselharam a não questionar publicamente a segurança das urnas eletrônicas no segundo turno. A avaliação é que as declarações mobilizariam apenas eleitores que já fazem parte da sua base e afastariam aqueles que estão fora da sua bolha eleitoral.

O conselho, no entanto, também foi dado na primeira etapa do pleito, mas não foi seguido pelo presidente. Bolsonaro chegou a afirmar ao longo do primeiro turno que se não ganhasse com mais de 60% dos votos, “algo de anormal” terá acontecido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela realização do pleito e contabilização do resultado.

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