Domingo, 22 de Junho de 2025

Home Brasil Bolsonaro reúne provas para obter prisão domiciliar, mas início da pena deve ser em regime fechado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a passar mal nesta sexta-feira, 20, e cancelou um compromisso em Goiás. No dia anterior, já havia reclamado publicamente sobre um desconforto gástrico, quando arrotou no meio de um discurso.

O episódio é mais um dos que expõem o quadro clínico do ex-presidente e que vão ser usados como provas para reivindicar no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito a cumprir pena em regime domiciliar em razão de problemas de saúde.

Embora não falem publicamente sobre o tema, aliados do ex-presidente e advogados que atuam na ação penal do 8 de janeiro estão cientes de que sua condenação é irreversível. Também acreditam que a determinação inicial do ministro Alexandre de Moraes será para o regime fechado.

Entretanto, após a decisão que beneficiou o ex-presidente Fernando Collor de Mello com prisão domiciliar humanitária, em maio deste ano, a aposta é de que a chance de Bolsonaro cumprir pena em casa é mais factível.

Na decisão sobre Collor, Moraes levou em consideração a idade e os problemas de saúde diante do diagnóstico de Doença de Parkinson. Os advogados tiveram que apresentar histórico médico, prontuários, laudos e exames que atestassem os problemas de saúde do ex-presidente. “A necessidade de tratamento específico admitem a concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu o magistrado.

Bolsonaro tem amplo histórico de cirurgias e internações

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem amplo histórico de operações e internações. Em abril, Jair Bolsonaro passou por sua sexta cirurgia relacionada às sequelas da facada sofrida em Juiz de Fora, em 2018, durante a campanha presidencial. O atentado causou graves lesões, com perfurações no intestino e hemorragia, o que exigiu múltiplas cirurgias de emergência na época.

O procedimento, realizado em Brasília em abril, durou cerca de 12 horas e foi necessário para tratar obstruções intestinais e reconstruir a parede abdominal. O ex-presidente permaneceu internado por 21 dias, incluindo grande parte do período na UTI.

Nesse período, publicou fotos em redes sociais expondo os procedimentos feitos e chegou a fazer uma transmissão online ao vivo de dentro da UTI.

Não foi a primeira vez que divulgou imagens que causaram polêmica. Para além do fato de que as postagens podem ser usadas para comprovar os problemas de saúde, há uma leitura política de que ajudariam a causar uma espécie de comoção diante de sua prisão.

Essa postura, entretanto, claramente provoca mais um desgaste com o ministro Alexandre de Moraes. No dia 23 de abril, por exemplo, uma oficial de Justiça esteve no hospital DF Star, em Brasília, para intimar o ex-presidente sobre a abertura da ação penal do plano de golpe. A visita ocorreu um dia depois de ele fazer a live. As informações são do portal Estadão.

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